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OPINIÃO

Na COP30, Brasil assume liderança no mercado de carbono

O presidente dos EUA ataca o Brasil por obra na Amazônia, governo do Pará confirma estrada, mas nega ligação direta com a COP 30

Foto: Alex Ferro/COP30.
Foto: Alex Ferro/COP30.

Donald Trump voltou a atacar as políticas climáticas globais, desta vez mirando a COP 30 que é realizada em Belém, no Pará. Em suas redes, o presidente dos EUA afirmou que “a Amazônia foi destruída para construir uma estrada de quatro faixas” destinada aos ambientalistas que participarão do evento.

A declaração reacende o embate entre ceticismo climático e política ambiental. De fato, existe no Pará uma obra de grande porte: a Avenida Liberdade, via expressa de cerca de 13 a 14 quilômetros, planejada para melhorar o acesso à capital e aliviar o trânsito da BR-316. O governo estadual confirma a construção, mas nega que tenha sido criada especificamente para a COP 30.

A Secretaria de Infraestrutura do Pará afirma que a avenida segue a faixa de um linhão de energia já existente, com vegetação previamente suprimida. A obra possui licença ambiental e prevê 57 condicionantes, incluindo passagens de fauna e ciclovia. Críticos, no entanto, contestam o impacto e apontam a derrubada de trechos de floresta ainda preservada.

Enquanto o governo argumenta que se trata de um projeto antigo e com mitigação ambiental, Trump usa o caso para reforçar seu discurso contra conferências climáticas e políticas ambientais globais.

O episódio revela como temas ambientais se transformaram em armas políticas globais. A crítica de Trump mistura fatos e distorções, mas expõe uma verdade incômoda, o Brasil será observado sob lupa durante a COP 30. Entre o dever de proteger a floresta e a necessidade de investir em infraestrutura, o país precisa mostrar equilíbrio e transparência, porque, no cenário  internacional, qualquer passo em falso na Amazônia tem repercussão mundial.

*Miguel Daoud é comentarista de Economia e Política do Canal Rural





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