OPINIÃO

Rio+Agro leva a correta imagem do agro brasileiro sustentável ao mundo

Presença de autoridades de alto nível no evento e apresentação de cases de sucesso mostra o que o setor tem de melhor

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Foto: Divulgação

No Rio Centro se encerra nesta sexta-feira (3) o terceiro e último dia do Rio+Agro – Fórum Internacional do Desenvolvimento Agroambiental Sustentável, com ênfase na visão do Brasil + nações do cinturão tropical do planeta para ações comuns de ciência, tecnologia, empreendedorismo e cooperativismo, objetivando atuar na segurança alimentar, energética, mudança climática e desigualdade social.

Autoridades estiveram presentes nos dois primeiros dias no Rio Centro, como o ex-ministro Roberto Rodrigues, hoje coordenador da visão agrícola para a COP30; Tirso de Salles Meirelles, presidente da Fesp; e Francisco Maturro, presidente da Rede ILPF com o programa Caminho Verde, que busca transformar 40 milhões de hectares de áreas degradadas em cultivos sustentáveis, modernos e integrados com agroindústrias visando agregação de valor.

O estado do Rio de Janeiro se fez presente com o Instituto Rio Metrópole, com municípios como Macaé que irá instalar uma unidade industrial para produzir fertilizantes nitrogenados, aproveitando o gás natural das bases marítimas da Petrobras.

O governador do Rio, Cláudio Castro, na abertura do Rio+Agro nos deu a seguinte declaração:

“Temos investido muito na questão do interior [do estado]. Assim que eu assumi no finalzinho da pandemia eu conversava com os colegas e governadores que melhor tinham passado e todos me falavam que tinham passado melhor graças a um interior forte e nós vimos do processo de valorização do interior e quando você vai para o interior é impossível você não enxergar o agro. Esse agro que é forte, pujante, mas que hoje é muito regional. E precisa de muito pouco para esse agro virar nacional e mundial”, disse.

E completou: “Então estamos trabalhando no favorecimento da infraestrutura, na redução da carga tributária, no incentivo e na jornada do empreendedor. Agora os laboratórios de uva, de café e de soja que vão ser fundamentais para que encontremos as nossas próprias soluções para a valorização desse empreendedor. Então eu não tenho dúvida que esse evento mostra um pouco disso, traz para o Rio conhecer aquilo que é feito e mostra um Rio de Janeiro que tem sido a cada dia mais agro. E sabemos que a questão do petróleo, óleo e gás é uma questão finita e o Rio de Janeiro vai precisar ter novas matrizes econômicas e o agro, com certeza, é uma das principais dela”, disse.

O governador ainda detalhou: “O Rio é vitrine, é vanguarda, é coração. Então quando o Rio investe sobretudo no agro ecológico, no agro verdadeiramente verde, sustentável, eu acho que estamos dando uma prova para o Brasil inteiro que dá para fazer dessa forma. O agro não precisa ser destrutivo, o agro pode ser construtivo de uma sociedade verde, sustentável e no Rio estamos dando esse toque sustentável desde esse início e por isso essa feira toda para juntar o agro com sustentabilidade. É uma maneira de mostrarmos para o mundo inteiro que é possível”.

Muito interessante a ação da Agrofavela, iniciativa da ONG Central Única das Favelas (Cufa) que irá desenvolver hortas urbanas comunitárias, gastronomia e produtos que gerem renda e mais qualidade de vida nas comunidades. Os dados são de forte impacto, com 17 milhões de brasileiros vivendo nas favelas, porém com um consumo de mais de R$ 300 milhões.

Embaixadores de países como Etiópia e Kenia mostraram as oportunidades para ampliação da tecnologia em toda África, e Ana Euler, diretora executiva da Embrapa, fez uma excelente apresentação mostrando todas as tecnologias disponíveis hoje para utilização no Brasil e em toda faixa tropical do planeta.

O Rio+Agro encerra hoje com mais painéis, com exemplos e cases de sucesso, com o prêmio Nobel da Agricultura Drª Mariângela Hungria com sua pesquisa de fixação de nitrogênio no solo.

Esta ação Rio+Agro objetiva levar a correta imagem agro sustentável do Brasil para o mundo.

José Tejon

*José Luiz Tejon é jornalista e publicitário, doutor em Educação pela Universidad de La Empresa/Uruguai e mestre em Educação Arte e História da Cultura pela Universidade Mackenzie.


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