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ANÁLISE DA SEMANA

Alta oferta derruba arroba do boi, mas exportação evita tombo maior

Passagem de uma frente fria em estados-chave para a pecuária nacional fez disponibilidade de animais aumentar e frigoríficos avançarem nas escalas

pecuária, gado , boi
Foto: Gilson Abreu/AEN

O mercado físico do boi gordo apresentou preços em queda em São Paulo e Mato Grosso do Sul ao longo da última semana devido ao avanço das escalas de abate por parte dos frigoríficos.

Segundo o analista de Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias, isso aconteceu por conta do aumento da disponibilidade de oferta de animais causada pela passagem de uma frente fria em estados-chave para a pecuária nacional.

“Em Rondônia também houve um bom avanço nas escalas de abate, assim como em Goiás, onde os preços declinaram frente à semana passada. No entanto, as exportações de carne bovina ainda são uma variável importante, com números espetaculares no decorrer de 2025, reforçando a expectativa de recorde em volume e, principalmente, em termos de receita”, considera.

Variação da arroba do boi na semana

Os preços da arroba do boi gordo na modalidade a prazo nas principais praças de comercialização do Brasil estavam assim no dia 27 de junho:

  • São Paulo (Capital): R$ 317,33, queda de 0,8% frente aos R$ 320 da semana passada
  • Goiás (Goiânia): R$ 297,14, recuo de 2,6% perante os R$ 305 registrados no período anterior
  • Minas Gerais (Uberaba): R$ 303,82, diminuição de 0,3% frente aos R$ 305 da última semana
  • Mato Grosso do Sul (Dourados): R$ 315, redução de 1,6% em comparação aos R$ 320
  • Mato Grosso (Cuiabá): R$ 322,70, alta de 0,8% ante aos R$ 320 do período anterior
  • Rondônia (Vilhena): R$ 285, inalterado frente à semana anterior

Mercado atacadista

No atacado, a semana foi marcada pelo recuo nos preços dos cortes do dianteiro e do traseiro do boi.

Para Iglesias, a tendência é de alguma baixa adicional das cotações no curto prazo, considerando a reposição mais lenta entre atacado e varejo durante a segunda quinzena do mês, período pautado por menor apelo ao consumo.

“Vale destacar que a preferência da população brasileira segue em proteínas mais acessíveis, especialmente na segunda metade do mês, principalmente em relação à carne de frango, ovos e embutidos.”

O quarto do traseiro do boi foi cotado a R$ 23 o quilo, queda de 6,12% frente aos R$ 24,50 da semana passada. Já o quarto do dianteiro foi vendido por R$ 19 o quilo, retração de 2,56% frente aos R$ 19,50 registrados na semana anterior.

Exportações de carne bovina

Foto: Freepik

As exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada do Brasil renderam US$ 917,053 milhões em junho (14 dias úteis), com média diária de US$ 65,504 milhões, conforme dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex).

A quantidade total exportada pelo país chegou a 168,838 mil toneladas, com média diária de 12,060 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 5.431,60.

Em relação a junho de 2024, houve alta de 52,4% no valor médio diário da exportação, ganho de 25,3% na quantidade média diária exportada e avanço de 21,6% no preço médio.

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