Os preços do boi gordo voltaram a subir na maioria das regiões de produção e comercialização nesta segunda-feira, 29. Segundo o analista da Safras Fernando Henrique Iglesias, a oferta de animais terminados permanece restrita em um ambiente de negócios pautado por um grande volume de embarques.
“Essa combinação de fatores resulta em um movimento de alta bastante consistente, enquanto os frigoríficos não conseguem alongar suas escalas de abate de maneira satisfatória, ainda posicionadas entre dois e três dias úteis”, afirma.
A demanda chinesa segue como um elemento preponderante para justificar todo esse comportamento, com o país asiático ainda tentando compensar o déficit proteico provocado pela peste suína africana.
Na capital de São Paulo, os preços do mercado à vista permaneceram em R$ 217. Em Uberaba (MG), passaram de R$ 209 para R$ 211. Em Dourados (MS), subiram de R$ 206 para R$ 207. Em Goiânia (GO), foram de R$ 209 para R$ 210. Já em Cuiabá (MT), passaram de R$ 188 para R$ 190.
Atacado
No mercado atacadista, os preços da carne bovina seguem firmes. Segundo Iglesias, a demanda doméstica apresenta alguns avanços com o relaxamento da quarentena em determinadas regiões do país. No entanto, é relevante destacar que a demanda ainda está distante do patamar anterior à pandemia.
“A tendência de curto prazo remete a alguma reação, avaliando a entrada dos salários no decorrer da primeira quinzena de julho, fator que tradicionalmente motiva o consumo. Além disso, as exportações em ótimo nível mantêm o quadro de disponibilidade interna equilibrado”, aponta.
A ponta de agulha ficou em R$ 11,85 o quilo. O corte dianteiro permaneceu em R$ 12,55 o quilo, e o corte traseiro continuou em R$ 13,75 o quilo.