Paste this at the end of the

tag in your AMP page, but only if missing and only once.

DETERMINAÇÃO DO STF

Operação retira gado criado de forma ilegal em território indígena

Ação tem o auxílio do Ibama e da PF e destruiu cercamentos ilegais de gado; infratores tiveram um prejuízo de mais de R$ 1 milhão

Gado ilegal no Maranhão
Gado ilegal estava em território indígena no estado do Maranhão Foto: divulgação/ Casa Civil

Conforme determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), a Operação de Desintrusão da Terra Indígena Araribóia (OD-TIARA), no Maranhão, já promoveu 399 incursões contra invasores que usam o território indígena para criação de gado. Todos os animais criados em larga escala ilegalmente no território já foram retirados, informou o governo federal.

A operação envolve diversos ministérios e órgãos federais, como Casa Civil, Ministério dos Povos Indígenas (MPI), Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ministério da Defesa, Funai, Ibama, Polícia Federal, Força Nacional, entre outros.

O MPI informou que o gado de indígenas permanece no território. “A prática está assegurada a partir da regulamentação ambiental, conforme determinado pelo Ibama, com prazo de 120 dias para ser feita”, informou o ministério.

O secretário nacional de direitos territoriais indígenas do MPI, Marcos Kaingang, esclareceu que a criação de gado por não indígenas dentro de Terras Indígenas é proibida pela legislação vigente, pois viola o usufruto exclusivo assegurado constitucionalmente aos povos indígenas.

A criação de gado por indígenas, no entanto, é uma atividade permitida, mas sujeita ao devido licenciamento ambiental. Por se tratar de território de uso coletivo, sua implementação deve ser discutida e deliberada coletivamente pela comunidade indígena, no âmbito do respectivo Plano de Gestão Territorial e Ambiental (PGTA).

Ele assinalou que o território é de uso coletivo dos povos indígenas, não particular, por isso, cercamentos no interior da TI também devem ser debatidos no âmbito do PGTA, considerando a necessidade e proporção dentro do território para assegurar o uso coletivo.

Entre fiscalizações com aplicação de multas, autos de infração e destruição de cercamentos ilegais de gado, a operação já impôs aos criminosos um prejuízo de mais de R$ 1,1 milhão.

Conforme a coordenação da desintrusão, a operação tem o objetivo de garantir a segurança das comunidades indígenas, o pleno direito ao uso compartilhado do território pelos povos Guajajara e Awá-Guajá — um dos raros grupos isolados no mundo.

A Casa Civil reitera que toda conduta que tente promover atos de resistência contra a operação será comunicada ao STF. “Disseminações de notícias falsas, ameaças a servidores e a lideranças indígenas estão sendo documentadas e investigadas para as devidas responsabilizações”, pontuou o coordenador da operação, Nilton Tubino (Casa Civil).

Sair da versão mobile