- Doenças genéticas, neurológicas, ortopédicas, musculares e clínico metabólicas;
- Sequelas de traumas e cirurgias;
- Doenças mentais, distúrbios psicológicos e comportamentais;
- Distúrbios de aprendizagem e linguagem;
Você já pensou que um cavalo poderia ser terapeuta e auxiliar pessoas com deficiência a melhorarem a qualidade de vida de alguém?
Pois essa é uma das propostas da Equoterapia, método terapêutico que utiliza cavalos para estimular a mente e o corpo.
Um dos casos que ganhou notoriedade recentemente, foi o do cavalo Paçoça, utilizado para a terapia pelo Coletivo Inclusão, junto ao paciente, João. O homem foi vítima de um acidente a caminho do trabalho, e está debilitado, sem conseguir andar e tem a fala dificultada.
Sua filha Audri Espake, então, viu na Equoterapia uma oportunidade para estimular a sociabilidade e as funções motoras do pai. O cavalo gostou tanto do seu João, que chegou a dormir em cima dele, o que levou o homem às lágrimas.
“Não conhecíamos o cavalo Paçoca, fomos conhecer o trabalho do Coletivo Inclusão e lá vimos pela primeira vez o Paçoca. Ele ficou assim com o pai o tempo todo, foi lindo! Gratidão Deus”, escreveu Espake na legenda do vídeo em seu Instagram.
O que é Equoterapia?
A equoterapia ou terapia assistida por cavalos é um método terapêutico que utiliza o cavalo buscando o desenvolvimento biopsicossocial (dimensões biológica, psicológica e social de um indivíduo) de pessoas com deficiência e com necessidades especiais.
É uma forma de reabilitação baseada na neurofisiologia tendo como base os padrões de movimentos rítmicos e repetitivos da marcha do cavalo. Dessa maneira, ao caminhar, o centro de gravidade do cavalo é deslocado, resultando em um movimento similar ao da marcha humana com movimentos alternados dos membros superiores e da pelve.
Nesse sentido, durante as sessões de Equoterapia ocorre integração sensorial (processo neurológico que organiza as sensações do próprio corpo e do meio ambiente) entre os sistemas visual, vestibular e proprioceptivo. Como consequência, há o envio de estímulos específicos às áreas correspondentes no córtex, gerando alterações e reorganização do Sistema Nervoso Central que causam ajustes posturais e padrões de movimentos mais apropriados e eficientes aos pacientes.
A aquisição de maior mobilidade da pelve, coluna, adequação do tônus, maior simetria e melhor controle da cabeça e tronco podem explicar porque crianças com Paralisia Cerebral, por exemplo, após sessões de Equoterapia, demonstram melhora na função motora global e nos parâmetros da marcha.
Cavalo ‘terapeuta’
A Equoterapia emprega o cavalo como agente promotor de ganhos em nível físico e psíquico. Esta atividade exige a participação do corpo inteiro, contribuindo, assim, para o desenvolvimento da força muscular. Além disso, promove relaxamento, conscientização do próprio corpo e aperfeiçoamento da coordenação motora e do equilíbrio.
Além disso, a interação com o cavalo, incluindo os primeiros contatos, os cuidados preliminares, o ato de montar e o manuseio final desenvolvem, ainda, novas formas de socialização, autoconfiança e autoestima.
Para quem é indicado?
A prática da Equoterapia melhora os benefícios físicos, psíquicos, educacionais e sociais de pessoas com deficiências físicas ou mentais e/ou com necessidades especiais. Ela está indicada para os seguintes quadros clínicos: