Burocracia do atual licenciamento ambiental pode acabar com nova lei Paste this at the end of the tag in your AMP page, but only if missing and only once.

Direto ao Ponto

Burocracia do atual licenciamento ambiental pode acabar com nova lei

Projeto em tramitação no Congresso promete simplificar a emissão de licença e impulsionar a economia

YPE html PUBLIC "-//W3C//DTD HTML 4.0 Transitional//EN" "http://www.w3.org/TR/REC-html40/loose.dtd">
YPE html PUBLIC "-//W3C//DTD HTML 4.0 Transitional//EN" "http://www.w3.org/TR/REC-html40/loose.dtd">

O projeto de lei 3729/2004, em tramitação no Congresso Nacional, é o tema do programa de entrevistas Direto ao Ponto, deste domingo, dia 26. O texto, que tem como relator na Câmara pelo deputado federal Kim Kataguiri (DEM-SP), propõe que órgãos como a Fundação Nacional do Índio (Funai) e o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) passem a ser consultivos no processo de licenciamento. Na atual legislação, as organizações dão pareceres que podem impedir uma licença.

Para a diretora socioambiental da Associação Brasileira dos Investidores em Autoprodução de Energia (Abiape) Júlia Sagaz, o atual sistema de licenciamento é burocrático e demorado, gerando consequências como o aumento dos custos de alimentos à população, uma vez que os produtores rurais precisam de novos licenciamentos para reutilizar áreas da agricultura, quando há a troca de cultivo.

“Tudo isso deixa o produto mais oneroso. Vai onerar o bolso do produtor, o bolso do empreendedor, que vai passar esses custos para o produto e acaba caindo no bolso da sociedade”, afirma a diretora.

Durante a entrevista, a especialista cita ainda os prejuízos para a geração de energia. “Às vezes, o sistema está todo preparado para receber a energia que está sendo gerada e o licenciamento ambiental ainda não está pronto ou não conseguiu terminar para a linha de transmissão. E o que acontece? Quando não consegue mandar a energia, é preciso que seja contratada outra energia, às vezes de uma fonte mais poluente, como a geração térmica, para poder suprir aquilo lá”, diz Júlia Sagaz.

Para o deputado federal Neri Geller (PP-MT), existem vários exemplos de ineficiência energética provocada pela dificuldade de licenciamento ambiental. Um dos casos é do estado de Roraima, que ainda é abastecido pela energia venezuelana gerada à base de combustíveis fósseis. Isso ocorre porque ainda não houve licença para conectar o estado ao sistema energético brasileiro, que funciona predominantemente à base de energias renováveis, de usinas hidrelétricas e eólicas.

O parlamentar de Mato Grosso chama atenção também para casos menos famosos, que ainda acontecem em seu estado. “Na região noroeste, nós ainda temos o município de Colniza que não tem energia e onde a luz é gerada a motor, que começa às 6 e vai até 22 horas. E fica só no centro urbano. Temos cerca de 3.000 famílias sem energia, oito escolas sem um bico de luz. Não dá pra aceitar que a gente tenha regiões como essa, por burocracia”.

É por conta dos entraves à economia que Geller manifestou apoio à nova lei. “Nós precisamos fazer o Brasil avançar. São projetos como esse que vão criar oportunidade de emprego, geração de renda para as pessoas que mais precisam”, afirma o deputado.

Conteúdo Patrocinado

Sair da versão mobile