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'Aproximação entre EUA e China não deve prejudicar produtor brasileiro', diz analista

O governo chinês comunicou que vai isentar tarifas de produtos agrícolas dos Estados Unidos

O Ministério de Finanças da China informou nesta sexta-feira, 6, que o país vai isentar de tarifas parte da soja, da carne suína e de outras commodities importadas dos Estados Unidos. Em comunicado, a pasta informou que as isenções foram baseadas em pedidos de empresas individuais, mas não indicou os volumes isentos.

A medida acontece em meio a negociações entre Washington e Pequim para concluir a “fase 1” de um acordo comercial. A China adotou tarifas de 25% sobre a soja e a carne suína norte-americanas em julho do ano passado, como uma retaliação às tarifas impostas pelos Estados Unidos. Na ocasião, Washington alegou que Pequim roubava e forçava a transferência de propriedade intelectual dos norte-americanos para empresas chinesas.

Liones Severo, diretor Sim Consult, analisou que a liberação da China para a exportação de soja e carne suína é muito pontual, por conta de necessidade. A China já comprou 9,6 milhões de toneladas de soja americana desde setembro deste ano e liberação total só dependerá da guerra comercial.

Severo vê que resolução da guerra comercial ainda está distante de acontecer. Para o Brasil, o especialista comentou que provavelmente não teremos uma redução da demanda chinesa e que o produtor não terá problemas em vender para o país asiático.