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'O produtor brasileiro é o maior ambientalista do mundo', diz Glauber Silveira

O vice-presidente da Abramilho repercutiu a declaração do presidente francês sobre a produção de soja brasileira

O presidente da França, Emmanuel Macron, fez críticas ao desmatamento da Amazônia e citou especificamente a soja brasileira, relacionando-a ao problema ambiental. “Continuar a depender da soja brasileira seria ser conivente com o desmatamento da Amazônia”, afirmou Macron, em sua conta oficial no Twitter.

A declaração do político sofreu respostas imediatas de entidades do agronegócio brasileiro. Segundo o vice-presidente da Abramilho, Glauber Silveira, a declaração do francês faz parte do espírito protecionistas dos europeus. “Essa questão tem muito a ver com protecionismo e não tem muito a ver com a Amazônia, pois praticamente não se planta na Amazônia. Jogar toda a soja brasileira na mesma conta não é justo. A Abiove tem uma briga muito grande com essa questão da moratória da soja e nós vivemos em um dos poucos países do mundo que têm reserva legal, diferente da França. Então, aqui, o produtor é obrigado a ter essa reserva e o Brasil deveria cobrar os franceses do código ambiental e reserva legal no país deles”, disse.

Segundo ele, o produtor brasileiro é uma referência na proteção ambiental. “Nós temos que fazer o dever de casa, como a questão do Cadastro Ambiental Rural, para que possamos diferenciar o que é desmatamento legal e ilegal, para mostrar para qualquer país o canhão enorme que é a legislação e o produtor brasileiro, que é o maior ambientalista do mundo”, finalizou.