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Algodão: safra deve ser recorde, mas aumento nas exportações pode causar escassez no mercado interno

Segundo a Associação Brasileira dos Produtos de Algodão (Abrapa), área de plantio foi reduzida em 17% neste ano

O Brasil é o segundo maior exportador de algodão do mundo e deve terminar a safra 2020/21 com um recorde de 2,3 milhões de toneladas. Segundo dados da Associação Nacional dos Exportadores de Algodão (Anea), somente nos 3 primeiros meses de 2021, foram embarcadas 731.400 mil toneladas, o melhor resultado da história. Com o ano-safra para terminar em junho, se as exportações de algodão continuarem nesse ritmo, pode haver escassez do produto no mercado interno.

De acordo com o presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), Júlio Busato, em função da baixa rentabilidade da cultura de algodão no ano passado, foi reduzida em 17% a área de plantio, o que resultou em uma safra 20% menor do que ano passado.

Em relação às exportações, o presidente da associação diz: “esse ano nós não vemos uma possibilidade de faltar algodão para a indústria nacional porque ela está abastecida e comprando por tradings. A Bahia, na primeira quinzena de junho, já estará colhendo algodão, o que vai abastecer a indústria brasileira”.

Júlio conta que a Abrapa está promovendo o algodão brasileiro na Ásia. “Há décadas a indústria brasileira consome 700 mil toneladas de algodão e, o que produzimos acima disso, obrigatoriamente precisa ser exportado”, revela.