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Aprosoja Brasil diz que vai lutar para Anvisa rever o uso do paraquat

Presidente da entidade diz que um estudo comprovando a importância e segurança do herbicida será apresentado para a entidade em breve

Produtores rurais brasileiros poderão usar os estoques de paraquat comprados para a safra 2020/2021, decidiu a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), nesta quarta-feira, 7. Todos os membros da diretoria colegiada da entidade votaram a favor.

Segundo a Anvisa, o prazo máximo de utilização do herbicida obedece a um calendário regional.

Entidades que representam os produtores rurais, como a Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil), Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa) e Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho) se articularam junto à Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) e do Ministério da Agricultura, que fez o pedido oficial à Anvisa, para evitar mais prejuízos ao setor.

Mesmo com o parecer favorável, o setor produtivo ainda está preocupado, pois o artigo 10 da minuta da Anvisa exclui a possibilidade de entidades apresentarem novas pesquisas científicas para rever a proibição do defensivo.

Em entrevista ao Canal Rural, o presidente da Aprosoja Brasil, Bartolomeu Braz, disse que a entidade, junto com outras associações, vai entregar um estudo no qual fica comprovada a importância do uso do paraquat.

“Os produtores estavam apavorados no campo com os produtos já em suas propriedades rurais e as cooperativas para serem distribuídos. Essa primeira decisão vem trazendo a defesa dos estados, que estavam lacrando os lotes. (…) Nós trabalhamos com outros órgãos para que esses produtos dentro das propriedades possam ser usados e já encomendamos um estudo para que a Anvisa possa reavaliar esse produto, para que a gente possa ser competitivo”, disse.

Segundo ele, todos países que competem com o Brasil usam o paraquat, o que demonstra que é um produto seguro. “É um produto que, aplicado devidamente, acompanhado com técnicos, não traz problema nenhum para a saúde de ninguém, pelo contrário, traz economia que vai chegar à mesa do consumidor. Vamos trabalhar para que a Anvisa reavalie esse produto para que ele continue no mercado”, disse.