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Café: maior produtor nacional, Minas Gerais deve ter quebra de 34% em 2020/21

Além da bienalidade da cultura, que já reduz a produtividade, a estiagem em várias regiões produtoras afetou a produção

A falta de chuvas durante o ciclo do café 2020/21 deve afetar a produção do grão em Minas Gerais. O estado é o maior produtor nacional da bebida. Segundo a Emater, somando o cultivo sequeiro e irrigado, a quebra na safra deste ano deve ser de 34,4%.

Além da bienalidade da cultura, que já reduz a produtividade, a estiagem em várias regiões produtoras durante a temporada 2020/21 baixou ainda mais a estimativa de colheita.

De acordo com dados da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater-MG), a quebra no grão arábica deve ser de 21,2% para o sequeiro e 13,2% no irrigado. O levantamento mostra ainda que cerca de 15 mil cafeicultores tiveram as lavouras afetadas pelo clima. O estado deve colher quase 18 milhões de sacas, redução de mais de 10 milhões de sacas do grão.

As perspectivas para a safra 21/22 são melhores, no entanto, a produção não deve ultrapassar o volume colhido em 2020, ano de bienalidade com maior produtividade.

Sobre o assunto, o assessor especial do café da Secretaria de Agricultura de Minas Gerais, Niwton Moraes, afirmou: o efeito de estiagem foi mais forte no sul de Minas Gerais. É possível que o potencial de produção possa ser impactado e também dificilmente podemos esperar um novo recorde como houve em 2020”.