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Daoud: Agregar valor ao leite é saída para melhor a rentabilidade do setor

Construção de fábrica que vai processar 2 milhões de litros ao dia no Paraná é esperança para pequenos produtores e na geração de empregos

O governo do Paraná participou nesta terça-feira, 21, do anúncio da construção da que será a maior fábrica de queijos do Brasil. Com presença do governador Ratinho Júnior,a solenidade ocorreu na cidade de São Jorge D’Oeste, onde uma unidade da Piracanjuba irá ocupar um espaço de 48,74 hectares, nas margens da PR-281.

Segundo a empresa, a previsão inicial de investimento é de R$ 80 milhões e a expectativa é de geração de 300 empregos diretos. Inicialmente, a fábrica deverá processar cerca de 600 mil litros de leite por dia. Porém, a capacidade de processamento da unidade vai ultrapassar os 2 milhões de litros por dia quando estiver em pleno funcionamento.

Para o governador, este empreendimento é motivo de comemoração para o estado. “Temos feito contato com grandes empresas para que, mesmo com esse momento econômico difícil, estes investimentos sigam gerando emprego para os paranaenses”, destacou.

A unidade deve fortalecer a cadeia leiteira, já que está localizada em uma área com tradição no setor. “Esta indústria reforça a vocação regional, já que o sudoeste [do Paraná] é a maior bacia leiteira do Estado. Então, a nossa produção será industrializada aqui, gerando mais valor agregado”, disse o governador. Ele destacou a importância da produção leiteira paranaense, que processa mais de 4 bilhões de litros de leite por ano e é a segunda maior do País.

Para o comentarista Miguel Daoud, essa ação merece elogios e tem tudo para favorecer o crescimento do Brasil até na exportação de leite e derivados. “O que vão fazer é colocar a bola de frente para o gol para chutar, ou seja, exportar. Recentemente, a gente viu a ministra Tereza Cristina viajando o mundo para tentar colocar produtos lácteos na China e na índia, mas isso não se consolidou porque não temos, no Brasil, a mentalidade de preparar nosso mercado para isso’, disse.

Mas a criação dessa fábrica, que será a maior do Brasil, muda o patamar de uma importante região produtora, avalia Daoud. “Essa iniciativa do Paraná prepara o estado para poder exportar. O leite tem um aspecto social e econômico, pois são milhares de famílias de pequenos produtores com dependência muito grande dessa cadeia. Essa fábrica é a solução para muitos problemas, pois agrega valor, gera renda, empregos e impostos”, concluiu.