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‘Em 2021, exportações do milho brasileiro devem bater recorde com quebra nos EUA’

Segundo o analista Vlamir Brandalizze, tanto a queda de produção dos norte-americanos como da própria China irão favorecer o produto brasileiro

Analistas de mercado esperam uma redução nos estoques de milho e soja por causa da expectativa de queda na produção norte-americana. Segundo especialistas, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) deve revisar para baixo os estoques de soja e de milho do país depois dos danos da tempestade e por conta da seca no Meio-Oeste.

Segundo o analista Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting, esse cenário pode resultar em exportações brasileiras recordes também em 2021. “No caso da soja, devemos passar de US$ 40 bilhões, crescendo uns US$ 3 bilhões a mais que este ano. No caso do milho, o avanço deve ser mais importante, porque a safra de milho norte-americana foi mais comprometida do que a soja. Estamos falando de 10 a 15 milhões de toneladas de perda por lá”, disse.

Segundo o analista, o mercado norte-americano vai abrir espaço para o Brasil com essa perda. “O Brasil vai entrar com uma safrinha maior, então nós vamos com uma safra de 115 milhões de toneladas, perante 112 deste ano e, provavelmente, boa parte dessa safra vai para o mercado internacional, que deve ter preços melhores por causa da perda norte-americana”.

Para Brandalizze, o principal destino do produto brasileiro continuará sendo a China. “Os chineses estão perdendo cerca de 15 a 20 milhões de toneladas na safra de milho deles, e isso obriga eles comprarem ainda mais”.