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Exportações de milho começam o ano aquecidas e cenário deve se manter nos próximos meses

Para analista de mercado, além da demanda externa, consumo doméstico deve seguir elevado, o que pode resultar em importações

A Secretaria de Comércio Exterior (Secex) divulgou em seu relatório semanal, que o Brasil exportou nos primeiros cinco dias de 2021 uma média diária de 128, 2 mil toneladas de milho, volume 33,91% maior na comparação com a média diária do mesmo período de 2020. Em receita, os embarques de milho também surpreenderam, com acréscimo de 74,20% na média diária contabilizada.

De acordo com o chefe do departamento de grãos da Datagro, Flávio França Júnior, a movimentação das exportações de milho em volume e receita nos primeiros dias do ano podem sinalizar que a demanda deve continuar aquecida nos próximos meses. “Não há dúvida que a gente tem uma perspectiva positiva para o milho em 2021. Devemos ter embarques expressivos e um consumo interno bastante forte”, afirma.

E com os preços altos, quem se prejudica é o consumidor de grãos, principalmente o setor de proteínas, que utiliza do milho para alimentar o rebanho. “É preocupante para o comprador porque a grande safra de inverno sequer foi plantada e só vai entrar no mercado em junho, então temos um longo trecho com a disponibilidade apertada. Deve haver necessidade de importações até que a safra de inverno chegue ao mercado”, finaliza.