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Impasse econômico entre Austrália e China deve favorecer agro brasileiro

“Demanda da China por proteína deve continuar alta em 2021”, garante presidente da Câmara de Indústria e Comércio Brasil-China

Na última sexta-feira, 15, o balanço anual da Associação de Proteína Animal (ABPA) apontou que a Ásia aumentou as exportações de carne de frango e suínos do Brasil nos 12 meses de 2020. Segundo a entidade, a China foi o destino de 17% da carne de frango exportada pelo Brasil e com 50,7% de participação das exportações totais de carne suína.

De acordo com o presidente da Câmara de Indústria e Comércio Brasil-China, Charles Tang, mesmo com a reconstituição dos plantéis chineses, o apetite do país asiático por carnes brasileiras deve continuar.

“A China está rapidamente recompondo os seus plantéis e, com isso, vai ter que importar muito grão para alimentar seus animais. Entretanto, o consumo de proteína deve continuar crescendo, principalmente para a carne bovina, já que não há espaço na China para criar o gado”, explica.

E depois do primeiro-ministro australiano, Scott Morrison, atacar interesses nacionais chineses, o país asiático se afastou das compras de diversos frigoríficos australianos, além de cortar importações e taxar a cevada. “A economia australiana está sofrendo muito com esses cortes de importação. E acredito que o Brasil não vai querer uma guerra comercial com a China, como está acontecendo agora com a Austrália”, completa.