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‘Produtor rural não é reconhecido pelo zelo na preservação ambiental’

Comentarista faz uma análise da evolução e tecnificação dos agronegócio brasileiro nos últimos anos, que conseguiu aumentar a produção sem aumentar a área 

A Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja) anunciou que deixou a Associação Brasileira do Agronegócio (Abag). As duas entidades divergem sobre a responsabilidade da agropecuária em relação ao meio ambiente.

Neste momento, o Brasil sofre uma pressão muito grande de países da Europa e, para o comentarista Miguel Daoud, essas provocações são injustas. “Nós estamos vivendo um momento de bastante estresse, onde o país vem sendo alvo de severas críticas por parte de fundos de investimentos e países da comunidade europeia, que pressiona o Brasil alegando que a gente não cumpre a questão ambiental. Isso não verdade, nós podemos ter problemas sim, mas quando olha o conjunto, olha que essa divisão não é boa para ninguém”, disse.

“O produtor rural, que sempre defendemos, é a ponta mais fraca da cadeia. A cadeia toda precisa ter uma sensibilidade e entender a importância desse momento. Não podemos assumir compromissos falando que a nossa agricultura precisa mudar. Isso não é verdade”, completou o comentarista

No gráfico abaixo, Miguel Daoud explica a evolução da produtividade brasileira sem aumentar a área plantada:

“O Brasil tem ainda 150 milhões de hectares que podem ser utilizados, nós não utilizamos praticamente a metade disso, isso sem derrubar uma árvore. A área cultivada teve um aumento bem menor do que a produtividade” concluiu.