Nova cultivar de soja precoce tolerante a nematoide chega ao Matopiba

Agronegócio

Nova cultivar de soja precoce tolerante a nematoide chega ao Matopiba

A cultivar ainda tem resistência ao glifosato e está disponível para os produtores conhecerem

Nesta safra, uma nova cultivar está disponível para os produtores de soja da região do Matopiba. De ciclo precoce e com tolerância a nematoide das galhas, a semente de variedade IPRO é uma mostra dos avanços do melhoramento genético de cultivares do Cerrado. O melhorista João Gilioli explica que o crescimento indeterminado e o menor índice de área foliar da cultivar ajudam a garantir uma boa produtividade. A nova semente pode garantir a safrinha que o produtor do Matopiba tanto deseja.

“A impacto, aqui pra Bahia, pode ser utilizada para área de pivô, porque ela é precoce, se adapta bem em pivô e tem uma tolerância boa à nematoide de galha, que é nematoide que ocorre nos pivôs aqui da Bahia. Então, isso vai auxiliar o produtor a compor um sistema em que ele pode plantar soja com segunda cultura de algodão ou milho, de tal forma que ele tenha um resultado eficiente”, disse o melhorista João Giglioli.

A cultivar ainda tem resistência ao glifosato e está disponível para os produtores conhecerem. A gerente de qualidade da sementeira que oferece o produto garante que, tanto ele quanto outros, têm bons resultados. “A gente trabalha com uma germinação mínima de 90% na entrega dos nossos lotes e tenta manter um mínimo de 85% de vigor. Até o momento, a gente tá conseguindo atender isso, inclusive quando aumenta o volume de produção, acaba priorizando qualidade ao invés de volume. E, inclusive, a gente tem uma linha que se chama Supreme que trabalha com 95% de germinação mínima e 5 milhões de sementes no bag que o cliente pode receber com um preço diferenciado e uma qualidade superior”, explicou a gerente de qualidade da sementeira Oilema.

Com esses índices, o produtor consegue ter precisão no cultivo, como explica o gestor comercial Paulo Afonso Levinski. “Há 10 anos, a comercialização era feita toda basicamente em sacaria, saco de 40 quilos, saco de 50 quilos. Veio evoluindo, transformou-se em bag, bag de mil quilos, algumas trabalharam com 800 quilos, mas foi a bag. Hoje as empresas estão indo para embalagens com números de sementes, ou seja,  embalagens de 200 mil sementes ou bags de 5 milhões. A evolução foi muito grande, você comprava por quilo e não sabia quantas sementes tinham, quantos você conseguiria plantar. Com o número de sementes, facilitou muito. Você quer colocar 200 mil sementes por hectares, você vai comprar 200 mil sementes por hectare”, disse.

A tendência é de que esse rigor fique ainda maior, pois há demanda dos produtores por mais tecnologia e bons desempenhos na lavoura. Uma pressão que movimenta o mercado de sementes. “Nos últimos 14 anos,  foi quadruplicado o volume de produção de sementes. A gente pretende manter o volume que a gente vem produzindo, em torno de 800 e chegar até 900 mil sacos por ano de sementes produzidas”, disse o gestor de produção da Oilema, Lucio Bertoli

“A semente é o principal insumo que o produtor tem. Junto com ela, vem muitas tecnologias embarcadas que ajudam muito a produtividade e o produtor. Geralmente, a pesquisa genética agrega no potencial produtivo das variedades em torno de 1 a 1,5% ao ano. Ao passar do tempo as cultivares vem com maior potencial de produção e isso o agricultor precisa aproveitar, por isso que ele sempre busca cultivares novas: para ter esse benefício.”, explicou o produtor rural e engenheiro agrônomo Celito Missio.

Sair da versão mobile