Soja Brasil

Laércio Dalla Vecchia: área de soja só teve uma aplicação de agroquímicos

O produtor de Mangueirinha (PR) Laércio Dalla Vecchia mostra o que está fazendo nas lavouras que concorrem ao Prêmio Cesb de produtividade

Ao contrário do que se diz entre os leigos sobre agricultura, o sonho de qualquer produtor de soja é não precisar gastar tanto dinheiro com agroquímicos em suas lavouras comerciais. Com a agricultura moderna, de precisão e todas as ferramentas disponíveis, isso é possível afirma o produtor de de Mangueirinha, Laércio Dalla Vecchia.

A área que ele destacou para o concurso Cesb de produtividade (apesar de toda a área dele parecer disputar o concurso, já que o cuidado é igual), safra 2020/2021, não tinha recebido nenhuma aplicação de agroquímico até 18 de dezembro. Detalhe, foi semeada em 8 de outubro.

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Foto Laércio Dalla Vecchia

“As lavouras estão muito boas, com sanidade boa também. O estádio é R3, indo para R4. Se fosse seguir o que sempre fazemos, já era para ter entrado com os fungicidas, mas desta vez adiamos isso”, conta Laércio.

Nem pense que a atitude dele foi irresponsável ou impensada. Na verdade, ela se baseou em dados técnicos oriundos de seu coletor de esporos da ferrugem asiática, monitoramento da área e acompanhamento do engenheiro agrônomo.

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“Eu não fiz nada da minha cabeça. Segui aquilo que a agricultura moderna tem disponível. Baseado nas informações do coletor de esporos, do monitoramento, do manejo da área, da rotação de culturas, consegui retardar a primeira aplicação dos fungicidas”, afirma Laércio.

Nesta segunda-feira, 21, o agricultor realizou a primeira aplicação de fungicida em sua soja e terá economia com agroquímicos.

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Foto Laércio Dalla Vecchia

“Essa pulverização aconteceu no melhor momento da lavoura, com plantas bastante sadias. Isso vai ajudar a reduzir o uso de agroquímicos. O coletor de esporos é uma grande ferramenta e me ajuda a programar essas aplicações”, relata.

A aplicação do fungicida foi a primeira com agroquímicos na área, que recentemente sofreu ataques de percevejos. Mas o monitoramento contínuo mostrou que não seria necessário aplicar defensivos.

“Essa é uma área que já cheguei a encontrar mais de um percevejo por pano de batida no começo de dezembro, mas felizmente essa população foi reduzida para 0,4 inseto por pano de batida nesta dia 18. Sigo todas as orientações do Manejo Integrado de Pragas (MIP) e vi que não iria precisar entrar com nada já que os inimigos naturais deram conta dos percevejos”, afirma Laércio.

Confira o vídeo abaixo e releve o fato de ele dizer 18 de novembro. Ele se confundiu, era 18 de dezembro, mas essa falha ele pode cometer, pois não afetará a produtividade da soja, não é mesmo?

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