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Atrasado: com tempo seco, ritmo de plantio da soja diminui no Rio Grande do Sul

O estado semeou apenas 7% da área de 6 milhões de hectares até agora, segundo a Emater-RS. No ano passado 11% já estavam plantados. Confira a situação por regiões!

O Rio Grande do Sul diminuiu o ritmo de plantio da soja nesta semana e conseguiu implantar apenas 7% da área de 6 milhões de hectares até agora. Segundo levantamento da Emater=RS, o tempo seco atrapalhou o avanço e atrasou o plantio. Na mesma época do ano passado 11% estava plantado, e na média para o período 12% é plantado até agora.

Na semana passada o ritmo era de 5% e estava a frente de 2019 e igual a média. De lá para cá, apenas 2% foi semeado.

“O tempo seco na maioria das regiões produtoras do estado paralisou a implantação da cultura. A atividade foi retomada apenas naquelas onde ocorreram precipitações na semana. As lavouras apresentam redução no crescimento e o plantio está atrasado”, diz a Emater.

Veja a análise por região:

Erechim

Por lá, apenas 2% da área prevista está plantado. Segundo a Emater os produtores esperam umidade do solo para plantio.

Frederico Westphalen

A semeadura atingiu 3% dos 419.680 hectares previstos. A falta de chuvas impede o avanço, mas a atividade será acelerada assim que chover diz a entidade.

“Motivados com a alta dos preços, os produtores investirão em tecnologia e incrementarão o uso de fertilizantes.”

Bagé

Por lá estão previstos o plantio de 836 mil hectares de soja. Após um período de três semanas sem chuvas, o retorno das precipitações em 23 e 25 de outubro possibilitou o início da semeadura na maior parte dos municípios, afirmou a Emater.

São Borja

Por lá, a falta de umidade nos solos é mais comprometedora, afirma a Emater. E a semeadura iniciará nos próximos dias.

Campanha

Segundo a Emater, confiando nas previsões de chuva, uma pequena parte dos produtores iniciou o plantio das lavouras de soja durante a semana, mesmo com solo seco. Com a chuva registrada na sexta-feira passada, parte destas áreas devem reunir condições adequadas para germinação, e outras lavouras ainda dependerão de maior volume de precipitações.

“Ainda que tenham sido implantadas algumas lavouras, a maior parte dos sojicultores ainda realiza atividades de pré-semeadura. O clima seco prejudicou os que realizam o cultivo mínimo, pois a falta de umidade resultou em adensamento significativo da camada superficial dos solos, limitando a ação das grades. Para o plantio direto, o fator negativo foi a ocorrência de ventos fortes desde 19/10, que impediu as pulverizações para dessecação de manejo de palha. Nas lavouras já implantadas – especialmente em São Gabriel, com 10% semeados de 130 mil hectares e em Dom Pedrito, com 12% dos 120 mil hectares previstos –, as chuvas favoreceram a germinação das sementes e a uniformização da emergência. Caso persistisse, a falta de umidade nos solos comprometeria o estabelecimento inicial da cultura.”

Santa Maria

As chuvas ocorridas na semana trazem alento aos agricultores, e nos próximos dias o plantio de soja terá forte incremento. Dos 993.840 hectares da intenção de plantio projetada, pouco mais de 7% estão plantados.

Ijuí

Não houve condições para a semeadura nos cultivos de sequeiro; a atividade foi realizada apenas nas áreas irrigadas, de pequena representatividade na região, afirma a Emater.

Com a previsão de chuvas, alguns produtores realizaram a semeadura entre 23 e 25 de outubro, ainda que a umidade do solo não fosse adequada.

“A baixa umidade do ar e do solo dificulta o manejo químico de dessecação das ervas daninhas e o preparo das áreas para a semeadura da soja. As poucas áreas já semeadas se encontram em germinação e início da emergência, de forma irregular. As sementes que não germinaram não sofreram ataque de pragas e/ou fungos, e poderão germinar satisfatoriamente com o retorno da umidade ideal. O plantio está atrasado em relação aos anos anteriores; em 2019, eram 15%; neste, as áreas semeadas correspondem a menos de 2% da prevista para a cultura.”

Passo Fundo

Produtores intensificam o plantio de soja, com área plantada de 6% do total previsto de 648 mil hectares. As lavouras estão em fase de germinação e desenvolvimento vegetativo.

Soledade

Com previsão de 451.430 hectares a serem implantados, não houve avanços na semeadura na semana; estima-se que apenas 3% da área tenha sido semeada. Segundo a Emater, essas lavouras foram semeadas na abertura das janelas de plantio conforme zoneamento agrícola, aproveitando a umidade do solo das chuvas ocorridas no fim de setembro.

“O quadro geral dessas lavouras é estável, com crescimento reduzido. As chuvas esparsas ocorridas no final da semana e a previsão de mais precipitações possibilitam a retomada da semeadura.”

Caxias do Sul

O solo muito seco causou a paralisação do plantio, e produtores aguardam o retorno da chuva para garantir um bom estabelecimento inicial das lavouras.

“As primeiras áreas semeadas apresentam germinação satisfatória; porém, o desenvolvimento é muito lento, e as plantas apresentam fortes sintomas de deficiência hídrica.”

Lajeado

Dos 16 mil hectares previstos para a cultura, a área semeada até o momento é de 405 hectares. Segundo a Emater, esse atraso no processo de semeadura não chega a comprometer a produtividade; nesta região, as áreas de lavoura são pequenas, e assim que houver condições de umidade no solo, os produtores conseguem completar o processo de semeadura em poucos dias.

“Preocupa a previsão de estiagem pelo evento La Niña, com pico de intensidade entre dezembro e janeiro, mas com chuvas abaixo da média já em novembro.”

Pelotas

Por lá, segue a semeadura da cultura. Em Canguçu, estão semeados 33% da área; em Arroio Grande, 23%; em Piratini, 25% da área prevista. Segundo a Emater, dadas as condições favoráveis para a semeadura, os produtores deverão antecipar ao máximo o cultivo, motivados também pelos prognósticos climáticos de La Niña no verão.

“As operações de semeadura acontecem dentro da normalidade, favorecidas pelas condições do clima e da umidade do solo, com precipitações na semana dentro do necessário para a germinação e emergência das plantas, oportunizando o estabelecimento de um bom estande de plantas de soja.”

Santa Rosa

O preparo do solo, com a dessecação e o manejo de plantas daninhas, e o plantio da nova safra de soja foram interrompidos devido à falta de umidade no solo. Segundo a Emater, apenas 2% da área prevista de mais de 700 mil hectares está semeado; a germinação e o desenvolvimento vegetativo inicial estão prejudicados devido à baixa umidade do solo.

“Entretanto, com a chuva ocorrida na madrugada dessa segunda-feira (26), a restituição da umidade do solo deverá proporcionar intensa retomada dos plantios e favorecer a melhoria da germinação, do estande de população de plantas e do desenvolvimento inicial das plantas. Muitas lavouras estão prontas devido ao avanço da colheita do trigo, e só aguardavam a chuva para o plantio. Produtores relatam que as sementes próprias – colhidas na safra passada, quando as plantas morreram com a seca – contêm muitos grãos verdes e, portanto, baixa germinação e vigor. Poderá faltar semente de qualidade em caso de o replantio ser necessário.”

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