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Colheita da soja começa no Rio Grande do Sul e clima pode ajudar as lavouras

Segundo levantamento da Emater, na mesma época do ano passado, 12% das áreas de soja haviam sido colhidas. Confira a situação de alguma regiões!

A colheita da safra de soja 2020/2021 começou no Rio Grande do Sul, afirma a Emater. Segundo a entidade, na mesma época do ano passado, o estado já tinha colhido 12% da área. Na média para o período a colheita deveria estar em pelo menos 8%.

“A colheita já ocorre em pequenas áreas e chega a 1% dos cultivos dessa safra no Rio Grande do Sul. O retorno da umidade adequada no solo beneficiou o desenvolvimento das culturas de verão”, diz a entidade.

Confira a análise por região

Bagé

A maior parte das lavouras de soja apresenta potencial produtivo elevado, especialmente onde há boa umidade nos solos. Em parte da região, a redução do volume precipitado a partir de meados de fevereiro preocupa produtores, pois lavouras situadas em áreas de coxilha ou com solos menos estruturados, arenosos ou rasos, já demonstram sintomas de estresse com queda de folhas e perda de vagens.

Foram identificados os primeiros focos de ferrugem asiática em Hulha Negra, e os produtores foram orientados a acompanhamento rigoroso das lavouras e controle periódico com fungicidas, sobretudo das que se encontram em fase inicial de enchimento de grãos e que dependem de área foliar verde para garantir o potencial produtivo.

Caxias do Sul

O cenário segue muito favorável, com plantas de soja bem desenvolvidas e bom número de vagens por planta. Embora algumas áreas estejam em maturação fisiológica e até mesmo em colheita, a fase predominante é de enchimento de grãos.

Os produtores seguem os tratamentos fitossanitários para controle e prevenção da ferrugem e das demais doenças de final de ciclo. Em Serafina Corrêa, município onde 15 agricultores seguem rigorosamente os preceitos do manejo integrado de pragas, ainda não foi necessário o uso de inseticidas para o controle de lagartas e percevejos, porque as populações desses insetos se mantêm em níveis muito abaixo do recomendado para controle.

Passo Fundo

Por lá, 80% da cultura da soja encontra-se em enchimento de grãos, 17% em maturação fisiológica e 3% colhidos.

Erechim

Por lá, 28% da área está em fase de formação de vagens, 70% em enchimento de grão e maduro por colher, 2% colhidos. A produtividade está em média a 3.600 quilos por hectare. Doenças estão controladas. As chuvas ocorridas na semana anterior são um importante fator para que se confirme a perspectiva de boa safra de soja. O período de colheita se estenderá até meados de maio.

Frederico Westphalen

Por lá avança o estágio da cultura, com 24% das áreas em maturação e 1% colhido. De maneira geral, as plantas de soja se recuperaram da estiagem e ocorre boa formação de grãos. A produtividade deverá ser de 3.840 quilos por hectare, superior à expectativa inicial, de 3.540.

Depois de um momento inicial com crescimento lento e atraso no plantio, as chuvas de janeiro e fevereiro foram decisivas para a volta da normalidade nos cultivos e para dar confiança ao produtor. Segue a dificuldade de controle de mofo branco e de invasoras.

Santa Maria

Ocorreram chuvas entre 4 e 6 de março, providenciais para repor a umidade do solo. Quanto às fases de evolução da soja, temos em torno de 14% em floração, 70% na fase de enchimento de grão, 14% em maturação fisiológica e próximo a 2% já colhidos. As áreas colhidas se concentram nos municípios que compõem a Quarta Colônia.

Ijuí

Os cultivos de soja correspondem a 16% da área implantada no estado. Com o retorno da umidade do solo, a cultura segue com excelente desenvolvimento. As chuvas que ocorreram entre 2 e 4 de março foram suficientes para garantir a produtividade esperada e a conclusão do ciclo em aproximadamente 30% das lavouras.

Em cerca de 70% das áreas cultivadas, é necessária mais uma chuva até 15 de março para que a cultura complete o ciclo sem perder potencial produtivo. A cultura se aproxima do final do ciclo, com 76% da área cultivada em estádio de desenvolvimento dos grãos (granação). Produtores realizam a última aplicação de fungicida para controle de doenças.

Estão presentes sintomas de doenças, principalmente ferrugem e doenças de final de ciclo, com baixa incidência e sem comprometer o potencial produtivo das lavouras de soja. Iniciou a colheita, ainda em pequena extensão de área, mas com produtividades elevadas, ultrapassando a previsão de 3.600 quilos por hectare.

Pelotas

A soja está em pleno estágio de enchimento de grãos em 100% das áreas. A cultura continua bastante beneficiada pelas chuvas, proporcionando excelente umidade contínua ao solo durante fevereiro e na primeira semana de março.

A exceção ocorre apenas em algumas áreas de terras baixas e planas, onde o excesso de umidade no solo produz danos na cultura, principalmente nas áreas com má drenagem, ocasionando a morte de plantas.

Nas áreas de coxilhas, as plantas de soja de alguns cultivos estão com excesso de altura e começam a acamar, o que trará dificuldades na colheita. Os sojicultores agora estão conseguindo realizar os manejos fitossanitários devido às condições favoráveis para a circulação das máquinas nas lavouras.

As plantas estão com plena carga de vagens e muito bom enchimento dos grãos nas vagens. Não há presença significativa de pragas e doenças, e não há relatos de incidência da ferrugem asiática. Se as chuvas seguirem até final de março, a região colherá uma excelente safra.

Santa Rosa

Por lá, 6% das lavouras de soja encontram-se em fase de maturação. Iniciou a colheita em alguns municípios, como em Porto Xavier, onde a cultura é plantada precocemente aproveitando condições de microclima às margens do rio Uruguai.

As chuvas ocorridas na primeira semana de março em todos os municípios da região foram importantes para garantir o bom aspecto e bom porte e altura de plantas da maioria das lavouras e boa formação de vagens nas lavouras em fase de enchimento do grão.

Como a maior parte das lavouras de soja (78%) encontra-se em enchimento de grãos e pelo fato de continuar a floração em variedades de ciclo indeterminado, produtores iniciaram a terceira aplicação de fungicidas e esperam que, com a manutenção do clima com menor umidade, as lavouras ainda em desenvolvimento consigam finalizar o ciclo da cultura.

As condições de umidade ainda não são limitantes para a cultura, mas em áreas de solo mais raso já se observa estresse hídrico localizado. Em muitas lavouras, foi constatada a incidência de oídio; produtores encontram dificuldades no controle, pois o fungo está estabelecido nas folhas mais baixeiras, parte das plantas dificilmente é atingida pela calda nas pulverizações.

Soledade

Com 7% dos cultivos de soja no estado, grande parte da área cultivada encontra-se na fase de enchimento de grãos e maturação fisiológica. A maturação está acelerada. As chuvas ocorridas na semana foram decisivas para a cultura expressar o potencial produtivo, principalmente nas lavouras em fase final de formação do grão.

As mais tardias – em floração e formação de vagens – também foram favorecidas pelas chuvas. No Centro-Serra, lavouras do cedo estão em colheita. A produtividade varia de 3.600 a 4.200 quilos por hectare.

Segue baixa a incidência de pragas, e as doenças estão sob controle, com redução da pressão de doenças fúngicas proporcionada pelo predomínio de tempo seco nas duas últimas semanas. Continua negativo o resultado do monitoramento da lavoura para ferrugem em Soledade.

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