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Dólar e Chicago em alta fazem preço da soja subir no Brasil

Alguns compradores estão com uma postura agressiva nas negociações, tentando trazer os produtores ao mercado, elevando suas ofertas

Soja, colheita, lavoura, grãos
Foto: Agência de Notícias do Paraná

Com Chicago e dólar subindo, os preços da soja oscilaram entre estáveis e mais altos nesta terça-feira, 15, nas principais regiões produtoras do país. O ritmo dos negócios segue muito lento, com apenas algumas operações sendo realizadas, de forma localizada, dependendo do interesse da indústria.

Alguns compradores estão mostrando uma postura bem agressiva, tentando trazer os produtores ao mercado, elevando suas ofertas. Com isso, houve registro de negócios no Mato Grosso e em Goiás, mas envolvendo apenas cerca de 25 mil toneladas.

Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos ficou em R$ 140. Na região das Missões, a cotação permaneceu em R$ 139. No porto de Rio Grande, o preço estabilizou em R$ 138.

Em Cascavel (PR), o preço subiu de R$ 134 para R$ 135 a saca. No porto de Paranaguá (PR), a saca avançou de R$ 136 para R$ 137.

Em Rondonópolis (MT), a saca estabilizou em R$ 136. Em Dourados (MS), a cotação subiu de R$ 135 para R$ 139. Em Rio Verde (GO), o valor ficou em R$ 138.

Chicago

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a terça-feira com preços em baixa. Após atingir os maiores patamares em mais de dois anos e operar acima de US$ 10, o mercado tomou fôlego e realizou lucros.

O número abaixo do esperado e o menor em nove meses para o esmagamento dos Estados Unidos contribuiu para a correção. A Associação Norte-Americana dos Processadores de Óleos Vegetais (NOPA) informou que o esmagamento de soja atingiu 165,055 milhões de bushels em agosto, ante 172,794 milhões no mês anterior. A expectativa do mercado era de 169,47 milhões.

O cenário fundamental, entretanto, segue positivo. A demanda pela soja americana segue aquecida, principalmente por parte da China. O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) anunciou a venda de 264 mil toneladas de soja em grão por parte dos exportadores privados americanos, sendo metade para a China e metade para destinos não revelados.

O clima segue desfavorável às lavouras americanas. Segundo o USDA, o índice de lavouras entre boas e excelentes condições caiu de 65% para 63% na semana encerrada em 13 de setembro. O mercado esperava estabilidade. A deterioração da soja confirma que a safra americana será menor do que a esperada inicialmente.

Os contratos da soja em grão com entrega em novembro fecharam com baixa de 8 centavos ou 0,8% em relação ao fechamento anterior, a US$ 9,91 por bushel. A posição janeiro teve cotação de US$ 9,95 por bushel, com perda de 7,50 centavos ou 0,74%.

Nos subprodutos, a posição dezembro do farelo fechou com baixa de US$ 2,80 ou 0,86% a US$ 319,20 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em dezembro fecharam a 34,15 centavos de dólar, baixa de 0,14 centavo ou 0,4%.

Câmbio

O dólar comercial encerrou a sessão em alta de 0,24%, sendo negociado a R$ 5,2890 para venda e a R$ 5,2870 para compra. Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou entre a mínima de R$ 5,2210 e a máxima de R$ 5,3030.

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