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Pivô salva lavoura de soja no RS e produtividade chega a 85 sacas por hectare

Nas áreas de sequeiro, produtor de Santo Ângelo deve produzir no máximo 45 sacas da oleaginosa por hectare. Expectativa antes da seca era conseguir 66 sacas

O Rio Grande do Sul ainda permanece sem chuvas significativas. A estiagem tem prejudicado a produção nas lavouras de soja na região. Para driblar a falta de chuvas, produtores estão investindo em irrigação.

No ano passado, a lavoura de soja do produtor Júnior Milanesi, localizada em Santo Ângelo, região noroeste do estado, atingiu cerca de 70 sacas por hectare e bateu o próprio recorde de produtividade dos últimos 60 anos. Para esta safra, a expectativa inicial era conseguir pelo menos 66 sacas de média, mas as longas estiagens (de quase 30 dias) prejudicou o desenvolvimento dos grãos.

“Neste ano, com essa estiagem, restrição hídrica e altos índices de radiação solar, teremos 45 sacas, 50 sacas sendo otimista”, diz Milanesi.

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A quebra na safra só não foi maior por conta de uma tecnologia aplicada em 900 hectares, que representa quase 15% das áreas totais plantadas por Milanesi.

“Esse sistema de irrigação controlada gera esse alívio na produção da safra deste ano. A expectativa aqui é colher 85 sacas por hectare. Quase o dobro do restante da área”, conta.

O projeto futuro é tentar ampliar as áreas com pivôs para 30% da propriedade. O investimento já começará a ser realizado na próxima safra, com aquisição de mais um equipamento.

“O pivô garante a certeza da primeira safra, que normalmente a gente planta milho e temos alta produtividade, e ainda conseguimos garantir que nasça a soja, por mais que esteja na estiagem. Garantimos a germinação uniforme e, com potencial elevado, mesmo na safrinha”, diz Milanesi.

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Para quem não pode contar com a irrigação, o prejuízo deve ser ainda maior. Em alguns talhões, no município de Santo Ângelo, a queda da produtividade já chegou em 40% e pode aumentar até a colheita.

“O município é embasado na agricultura e essa quebra dará uma queda de receita dos produtores. Mas temos que seguir em frente, focar na próxima safra. Temos anos bons e anos não tão bons assim, mas a agricultura é assim mesmo, é uma indústria a céu aberto”, diz o presidente do Sindicato Rural, Laurindo Nikititz.

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