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Soja: RS pede revisão do vazio sanitário ao Ministério da Agricultura

Vazio sanitário é o período de, pelo menos, 90 dias em que não podem haver plantas de soja vivas nas lavouras

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O Ministério da Agricultura publicou a portaria que estabelece os períodos de vazio sanitário para a soja no Brasil. Esse calendário deve ser seguido por todos os estados, mas o Rio Grande do Sul vai pedir a revisão do período estipulado.

O vazio sanitário é o período de pelo menos 90 dias em que não podem haver plantas de soja vivas nas lavouras buscando combater o fungo causador da ferrugem asiática, doença que pode levar a perdas de 90% na cultura da soja. C

ada estado tem um calendário diferente, definido pelo Ministério da Agricultura com base em estudos. No Rio Grande do Sul, o vazio sanitário da próxima safra deve ser entre 13 de julho e 10 de outubro. Mas a Secretaria da Agricultura vai pedir a revisão.

Segundo Ricardo Felicetti, diretor do Departamento de Defesa Vegetal, a intenção principal do vazio sanitário e calendário de semeadura é a manutenção da sanidade da soja, a manutenção dos princípios ativos onde estão trabalhando a questão do controle da ferrugem da soja, a questão do controle eficiente, nesse sentido é que se objetiva, através do setor e equipe técnica, uma busca de antecipação de dez dias.

O estado já havia feito um pedido semelhante em março. A antecipação busca reduzir mais ainda a permanência de plantas vivas no fim do ciclo que é onde há a maior carga de esporos causadores da doença. A safra 22/23 foi a primeira em que o Rio Grande do Sul adotou o vazio sanitário.

O novo período seria de 03/07/2023 a 30/09/23 para o vazio sanitário e de 01/10/23 a 18/02/24 para o calendário de semeadura. Além do vazio sanitário, o MAPA considera o calendário de semeadura da soja como medida fitossanitária para racionalizar o número de aplicações de fungicidas e reduzir a resistência da doença.

Segundo Felicetti, os esporos vêm acompanhando as correntes de vento, costeando a cordilheira e que acabam chegando, principalmente no oeste do RS, que é o principal ingresso do esporo primário, aquele que chega na área onde não foi afetada e passa a disseminar quando não há o controle efetivo. É importante a observância dos produtores e dos assistentes técnicos sobre o momento adequado do controle para que não ocorram perdas na produção.