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Soja: corte de tarifa na importação é 'boa medida' após 'ano atípico', diz Abiove

Segundo a entidade, os elevados preços da soja aumentaram os preços dos seus processados, pressionando os custos da indústria de proteína animal

A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) avaliou, em nota, que a redução temporária das tarifas de importação para soja e milho no Brasil, pela Câmara de Comércio Exterior (Camex), é “uma boa medida”, tendo em vista o período de entressafra atual.

“Os elevados preços da soja aumentaram os preços dos seus processados, pressionando os custos da indústria de proteína animal, do óleo comestível e do biodiesel”, disse a Abiove.

A entidade aponta que cerca de 35% da soja brasileira é industrializada no Brasil, produzindo farelo proteico e óleo vegetal. O Comitê-Executivo de Gestão (Gecex) da Câmara de Comércio Exterior (Camex) decidiu na sexta-feira, 16, em reunião extraordinária, a partir de propostas apresentadas pelos ministérios da Agricultura (sobre a soja) e da Economia (sobre o milho) zerar a alíquota do imposto de importação para soja em grão, farelo e óleo e para milho a fim de manter o equilíbrio na oferta desses produtos no mercado doméstico.

A suspensão temporária do imposto de importação para soja (grão, farelo e óleo) valerá até 15 de janeiro de 2021. Já em relação ao milho, as importações brasileiras sem taxas poderão ocorrer até 31 de março de 2021.

Ainda de acordo com a Abiove, o comportamento do mercado foi “atípico” em 2020 devido à crise global relacionada à pandemia do novo coronavírus.

“Os importadores da soja brasileira se anteciparam e compraram volumes acima do esperado”, disse a associação. Além disso, variáveis macroeconômicas, tais como taxa de câmbio desvalorizada e elevação do preço em dólar da soja no mercado internacional, também estimularam exportações antecipadas, reduzindo a disponibilidade de soja no período de entressafra”, finaliza.

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