Soja Brasil

Soja: receita de exportação é quatro vezes maior do que a de carne vermelha

Grão foi responsável por 35,3% dos embarques agrícolas do país em julho, incremento de 15,3% em relação ao mesmo período de 2020

A balança comercial brasileira registrou superávit de US$ 45,99 bilhões no acumulado do ano, até a primeira semana de agosto, em alta de 43,4% pela média diária, na comparação com o período de janeiro a agosto de 2020. O agro, como já era de se esperar, tem grande participação nessa conta e a soja obtém significativo destaque.

Isso porque as exportações do setor em julho deste ano foram de US$ 11,3 bilhões, crescimento de 15,8% frente ao mesmo período de 2020, de acordo com análise da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) com base nos dados do Ministério da Economia.

A soja em grãos liderou a pauta, com participação de 35,3% no total e receita de US$ 4,0 bilhões (incremento de 15,3% em relação ao mesmo período de 2020). Em seguida, veio a carne bovina in natura, com crescimento de 30,6% frente a julho do ano passado e faturamento de US$ 902,6 milhões. Ou seja, os números obtidos pela oleaginosa superam em mais de quatro vezes os dividendos alcançados pela proteína do gado.

O superávit comercial do agro no mês passado foi de US$ 10,1 bilhões. No acumulado de janeiro a julho deste ano, as vendas externas do setor chegaram a US$ 72,7 bilhões, 19,9% a mais na comparação com o mesmo período do ano de 2020.

Como tem sido nos últimos meses, a China foi o principal destino das exportações brasileiras em julho, com participação de 35,2% do total e destaque para os embarques de soja em grãos, carne bovina in natura, celulose, açúcar de cana em bruto e carne de frango in natura. Esta última, inclusive, obteve em julho os melhores números do ano, até aqui.

Em seguida veio a União Europeia, com parcela de 15%, seguida por Estados Unidos (7,4%). Completam a lista dos dez principais mercados para os produtos do agro: Tailândia (2,9%); Japão (2,4%); Vietnã (2,3%); Irã (2,2%); México (1,8%); Indonésia (1,8%); e Coreia do Sul (1,7%). As informações são da CNA.