O mercado da soja permanece com as atenções centralizadas no clima para o desenvolvimento da nova safra norte-americana da oleaginosa. Além disso, o relatório de julho do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) também será fator fundamental para o mercado nesta próxima semana.
Fechando o quadro de fatores, os players também acompanham os movimentos da demanda chinesa no mercado internacional.
Confira os fatos que deem merecer a atenção do mercado de soja na próxima semana, com as dicas do analista Luiz Fernando Gutierrez Roque, da consultoria Safras & Mercado:
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- As condições das lavouras norte-americanas voltaram a piorar no período entre os dias 28 de junho e 4 de julho. Neste momento, apenas 59% das lavouras de soja estão em boas ou excelentes condições, o que mantém o quadro de pior desenvolvimento inicial desde 2012. Embora ainda seja cedo para definições, isso é um importante fator de suporte para os contratos em Chicago
- Já as previsões climáticas para o período entre os dias 9 e 15 de julho apontam para o retorno de uma umidade favorável para a maior parte do cinturão produtor, o que é um fator limitante para movimentos positivos mais acentuados
- O relatório de oferta e demanda de julho do USDA, que será divulgado no próximo dia 12, deverá novamente trazer uma grande volatilidade para o mercado. A expectativa é que o USDA reduza o potencial produtivo da nova safra norte-americana de soja diante dos problemas registrados até o momento
- Além disso, os estoques finais norte-americanos também podem sofrer cortes, tanto na temporada 2020/21 quanto na temporada 2021/22. Espera-se muita volatilidade após a divulgação do relatório. Embora a tendência seja de um relatório altista, é difícil prever qualquer intensidade no movimento. Surpresas não podem ser descartadas
- O último relatório de registros de exportações norte-americanas trouxe números fracos, principalmente para a nova temporada, ficando abaixo da expectativa do mercado. Apesar disso, é importante destacar que o acumulado de volumes registrados para a nova temporada é recorde para esta época do ano. À medida que vamos nos aproximando da colheita da nova safra, novas vendas de soja norte-americana para a China devem ser anunciadas. Enquanto isso, a demanda chinesa permanece com os olhos voltados para o Brasil.
