Estimativa de crédito rural para próxima safra não atende necessidade do setor, diz Coopavel

Aliança da Soja

Estimativa de crédito rural para próxima safra não atende necessidade do setor, diz Coopavel

Segundo o presidente da cooperativa, apenas para equalização das taxas de financiamento, o governo precisa destinar mais R$ 1,5 bilhão

Com as taxas de juros das novas contratações de linhas de crédito rural suspensas por falta de recursos para a equalização das taxas de juros, o setor agrícola se mobiliza para encontrar soluções e diminuir os impactos com custeio e investimento no campo. Os recursos bloqueados somam R$ 24,7 bilhões, que seriam destinados ao Pronaf e Pronamp. Para o ciclo 2022/23 os desafios devem ser ainda maiores. O governo estima que serão necessários R$ 819 milhões para equalizar as taxas de juros do Plano Safra 2022/23.

O atual plano foi elaborado com a Selic abaixo de 3%. Em abril de 2021, a taxa básica de juros era de 2,75% ao ano e, hoje, a mesma tarifa passa de 10%. “Nós estamos em sintonia com as cooperativas para discutir taxas de juros. Temos que manter essas taxas, porque a resposta da agricultura foi muito boa. Estamos colhendo uma de grãos de 269 milhões de toneladas e tivemos uma quebra de 15 milhões de toneladas na região Sul e Mato Grosso do Sul. Então, mantendo as taxas, o produtor vai renovar a sua frota, vai gerar emprego e vai colocar mais tecnologia na propriedade”, comenta Dilvo Grolli, presidente da Cooperativa Agroindustrial de Cascavel (Coopavel).

Ainda de acordo com Grolli, a estimativa de crédito para a próxima safra é boa, mas não atende a necessidade do setor.

“Nós precisamos de R$ 3 bilhões para equalização de taxas de financiamento, já prometido para os associados e com muitas cédulas e investimentos já assinados. O governo assinou agora com R$ 1,5 bilhões. Eu acho que já é um bom caminho, pois é 50% do que nós precisamos, mas ainda vai faltar R$ 1,5 para completar”.

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