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Soja

China volta atrás em importantes pontos do acordo com os EUA

Consultoria Agrifatto diz que medida pode ser entendida como pressão para que os EUA não elevem taxa sobre as importações chinesas, programadas para acontecer na sexta-feira

Presidente da China, Xi Jinping, durante encontro do G-20 – Foto: G20

O mercado de soja repercute nesta quarta-feira, dia 8, notícias de que a China voltou atrás em importantes pontos do acordo comercial com os Estados Unidos. De acordo com a consultoria Agrifatto, a informação afastaria novamente a expectativa de uma resolução da disputa no curto prazo. No entanto, a medida também pode ser entendida como uma pressão de Pequim para que os Estados Unidos não elevem as taxações sobre as importações chinesas.

No domingo, 5, o presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou que esse aumento de tarifas de 10% para 25% aconteceria a partir desta sexta-feira, dia 10. Vale lembrar que mesmo com o anúncio de Trump, o vice-primeiro-ministro do país, Liu He, confirmou que vai visitar Washington nesta semana para continuar as negociações comerciais com a  delegação dos EUA.

“Enquanto a China continuar ausente de novas compras da soja norte-americana, a pressão sobre o grão continua por lá”, comentou a consultoria em relatório.

A Agrifatto também indicou que o cenário continua baixista para o grão porque as condições climáticas estão preocupantes neste início de temporada nos EUA. Isso porque a janela ideal de plantio do milho está cada vez menor, diminuindo as alternativas do produtor norte-americano,

De acordo com relatório do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) divulgado na segunda-feira, 6, apenas 23%, contra 36% no ano passado e 46% na média dos últimos cinco anos. Para a soja, 6% da área de soja foi semeada, contra 14% no ano passado e na média dos últimos cinco anos.

Previsão de chuvas no cinturão dos EUA agrícola entre 07/05 a 13/05 – Fonte: AgResource

Prêmio e dólar

Por conta das tensões entre China e Estados Unidos, os prêmios da soja no porto de Paranaguá (PR) subiram nas últimas semanas e ficaram balizados entre US$ 0,57 e US$ 0,70 por bushel para embarque nos próximos três meses.

A alta do dólar também colaborou para ampliar as referências da soja brasileira, chegando a subir 2,6% em Rondonópolis (MT) e atingindo R$ 62,95 por saca. Apesar disso, as referências ainda estão menores na comparação mensal, afastando vendedores de algumas praças de novas negociações.

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