Com a crise econômica que afeta o Brasil e o Rio Grande do Sul, um dos setores que prevê queda durante a Expointer 2015, em Esteio, é o de máquinas agrícolas. De acordo o dirigente do Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas do Rio Grande do Sul (Simers), Cláudio Bier, o comércio na feira, que é uma das maiores da América Latina e vitrine de setores do agronegócio, deve recuar em 20% na comparação com 2014.
– No contexto atual, alcançar 80% do que foi comercializado no ano passado já é um sinal de superação – define o presidente do sindicato, Cláudio Bier.
O secretário de Agricultura do Rio Grande do Sul, Ernani Polo, afirmou nesta terça, dia 25, que o evento deste ano será de “retomada”, tanto pelo momento econômico como pela reconstrução do Parque Assis Brasil, que teve 70% das instalações destruídas em um vendaval no ano passado.
– Acima de tudo, será uma Expointer de retomada, recuperação e superação – destacou.
Neste ano, R$ 5 milhões foram gastos para reerguer pavilhões e reacomodar setores danificados, como o de gado de corte e o de ovinos. A Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC) desembolsou R$ 3,5 milhões na construção de um novo pavilhão e da pista de leilões.
Há três dias do início da feira, o movimento já é intenso no Parque Assis Brasil. A greve dos fiscais agropecuários do estado coloca em sobressalto quem depende do serviço essencial para garantir a sanidade durante os nove dias de evento. Apesar disso, o número de animais inscritos ficou só 3% abaixo do ano passado: em 2014, foram 4.932 animais e, nesta edição, 4.758. A feira inicia no sábado, dia 29, e vai até o dia 6 de setembro.