Saindo do laboratório, os carregamentos de sementes são transportados até os multiplicadores, onde devem se desenvolver. Hoje, 100% da distribuição do insumo, desde este processo inicial até a chegada ao mercado, depende do modal rodoviário.
As sementes precisam ser multiplicadas e armazenadas em regiões mais frias, para manter o vigor e o potencial de germinação. Por isso, em regiões mais quentes, as sementes são guardadas em armazéns construídos abaixo do solo ou são resfriadas, a fim de reduzir ou estagnar sua atividade até a semeadura. Rondonópolis (MT), por exemplo, destaca-se como sede de multiplicadores por conta de sua proximidade com as lavouras de soja e por ter um micro-clima com condições para a multiplicação de sementes.
Uma vez no mercado, as novas cultivares têm que se adequar lei brasileira e podem durar apenas quatro colheitas com a mesma semente básica. A Embrapa detém 12% do mercado de sementes de soja e 30% do mercado de trigo. Preferências do mercado ditam novas características aos cruzamentos e linhagens das espécies de plantas, conforme explica o pesquisador da Embrapa Manoel Carlos Bassoi:
– Depois que o Governo saiu da compra, o mercado é livre e os moageiros é que ditam o mercado. Então, você tem que atendê-los.
O Canal Rural Na Estrada acompanhou de perto a criação de uma nova variedade de trigo, na sede da EMBRAPA em Londrina (PR). Os detalhes da engenharia genética das plantas e da logística das sementes são temas do novo episódio do programa.
O Canal Rural Na Estrada vai ao ar no domingo, às 8h e às 20h.
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