Com apoio do Brasil, entidade alemã estuda EPIs

Os pesquisadores Hamilton Ramos e Viviane Aguiar Ramos, representantes do Brasil no Consórcio Internacional de Equipamentos de Proteção Individual na Agricultura, apresentam estudos realizados no País durante a reunião da entidade global, que ocorre a partir do próximo dia 22, na cidade de Limburguerhof, na Alemanha. À frente do programa IAC-Quepia de Qualidade de EPI, eles desenvolveram, em parceria com pesquisadores dos Estados Unidos, um método para a avaliar a descontaminação, após lavagem, de vestimentas utilizadas na aplicação de agroquímicos.

Atual diretor do Centro de Engenharia e Automação (CEA), do Instituto Agronômico (IAC), órgão da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, instalado na cidade de Jundiaí, Hamilton Ramos é também coordenador do programa IAC-Quepia. Ao longo dos últimos meses, a equipe dele avaliou EPI agrícolas confeccionados com algodão-poliéster, empregados em diversos países agrícolas.

“Esses modelos de vestimentas estão no foco de estudos em torno da exposição de aplicadores de agroquímicos, conduzidos em países europeus, como a França, onde estudiosos levantaram questões atreladas à norma ISO 27065, relacionadas à quantidade de produtos retida no tecido. Cogitou-se, inclusive, a possibilidade de o pesticida retido na roupa chegar à pele do trabalhador rural na reutilização do EPI”, revela Viviane Aguiar Ramos.

Conforme Hamilton Ramos, os estudos realizados no Brasil fornecem informações sobre a contaminação atreladas à lavagem e também ao armazenamento das peças protetivas. Ele ressalta, ainda, que os resultados da metodologia de contaminação, obtidos em laboratório, serão comparados aos da contaminação de vestimentas empregadas por três agricultores, que manusearam pulverizadores costais manuais em áreas cultivadas com uva.

A íntegra dos resultados do estudo brasileiro será divulgada após à reunião da Alemanha, segundo informam os pesquisadores.