Queda do petróleo piora competitividade do etanol no Brasil

O dia foi de preços de estáveis a mais altos para o etanol no mercado físico paulista. Em Ribeirão Preto, o etanol hidratado passou para R$ 3,88 o litro, com alta de 1,31%. Já o anidro ficou em R$ 3,93 o litro, estável.

Segundo o analista de Safras & Mercado, Maurício Muruci, usinas de São Paulo, Minas Gerais e do Paraná têm encontrado dificuldade em avançar sobre preços acima de R$ 3,85 o litro diante da demanda moderada das distribuidoras, que tem buscado maior volume de oferta no Centro-Oeste. “Apesar disto, a retração observada por parte das usinas tende a manter os preços firmes”, disse ele. Muito se especulou ao longo da terceira semana de agosto sobre uma investida dos preços nestes estados mais tradicionais do Centro-Sul em direção aos R$ 4 como se tem visto no Centro-Oeste.

“Porém, as recentes baixas do petróleo em Londres para o nível de US$ 66 colocam a situação da competitividade em um nível ainda pior. Muitos agentes nem mais observam a relação de 70% entre os preços do hidratado e da gasolina como referência, e sim a diferença de R$ 1 sobre o preço de ambos. Em tese, novas quedas nos preços da gasolina, ainda que parcialmente neutralizadas pela desvalorização do real frente ao dólar, também colocariam uma pressão negativa no spread, o qual, de modo semelhante à relação porcentual, demonstrariam uma vantagem nem tão grande nos preços do biocombustível”, assinalou Muruci.

Por Agência Safras