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Brasil país deve colher 120,6 milhões de toneladas de soja, diz Aprosoja Brasil

Entidade discorda das estimativas divulgadas pela Conab de 124 milhões de toneladas e pelo USDA de 126 milhões de toneladas

soja goiás
Foto: Pedro Silvestre

Diferente dos dados apresentados por outras entidades, que apontam uma safra de soja acima das 124 milhões de toneladas no país, a Aprosoja Brasil apresentou nesta terça-feira, 17, seu levantamento com números que considera mais realistas, envolvendo uma colheita de 120,6 milhões de toneladas. Esse total ainda torna o Brasil o maior produtor do grão no mundo, com um recorde histórico para o país.

Segundo a entidade, o levantamento foi realizado em 16 estados através de seus representantes estaduais. Vale ressaltar que os dados de março da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), apontaram colheitas de 124 milhões de toneladas e 126 milhões de toneladas, respectivamente.

“Conseguimos identificar perdas em decorrência da seca que aumentaram muito nas últimas semanas e que outros órgãos não apontaram em seus levantamentos. A Aprosoja Brasil tem feito isso com responsabilidade mostrando ao Brasil e aos mercados que as nossas projeções são feitas por técnicos e produtores”, diz o presidente da Aprosoja Brasil Bartolomeu Braz.

Por estado

Segundo a Aprosoja, Mato Grosso segue líder da produção do grão, com 34 milhões de toneladas, seguido por Paraná com 20,5 milhões de toneladas, Rio Grande do Sul com 12,7 milhões de toneladas, Goiás com 12,5 milhões de toneladas e Mato Grosso do Sul com 10,5 milhões de toneladas. A área plantada no país atingirá 36,9 milhões de hectares.

Na avaliação do presidente da Aprosoja Brasil a safra 2019/2020 pode ser considerada boa na maior parte das regiões produtoras.

“A região Centro-Oeste, que representa mais de 50% da produção brasileira e, onde o plantio foi um pouco mais tardio por causa das chuvas, praticamente não apresenta problemas de produtividade. As lavouras no Matopiba estão indo bem. Ou seja, apesar das dificuldades pontuais, seremos o maior produtor de soja do planeta”, diz.

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O quadro geral é diferente do que ocorre em regiões do Rio Grande do Sul, onde há perdas de cerca de quase 50%. Braz afirma que a entidade está atenta às necessidades dos produtores gaúchos e buscará apoio do governo federal para equalizar situações de endividamento dos produtores.

“Muitos produtores não têm um seguro agrícola adequado e vão atravessar uma situação difícil. Estamos trabalhando em conjunto com outras entidades para que os ministérios da Economia e da Agricultura viabilizem uma solução para o endividamento desses produtores. Há a possibilidade de uma resolução do Banco Central e até linhas de crédito específicas”, comenta.

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