Paste this at the end of the

tag in your AMP page, but only if missing and only once.

ESCASSEZ HÍDRICA

Chuvas em São Paulo só ganham força na segunda quinzena de outubro, confira previsão

Mapa de umidade do solo indica que grande parte do interior paulista apresenta praticamente zero porcento de umidade

São Paulo; calor
Foto: Pixabay

O estado de São Paulo enfrenta escassez de chuvas, e o Sistema Cantareira deve manter operação em restrição nas próximas semanas.





Segundo o meteorologista Arthur Müller, a previsão indica que a recuperação ocorrerá lentamente, com volumes significativos apenas a partir da segunda quinzena de outubro.

Segundo o especialista, o mapa de umidade do solo indica que grande parte do interior paulista apresenta praticamente zero umidade.

“A chuva da semana passada trouxe um pouco de umidade para a região metropolitana, mas para recuperar a bacia hidrográfica como um todo é necessário chover muito e por um longo período”, explica.

Entre os dias 6 e 10 de outubro, uma frente fria deve espalhar um pouco de chuva, aliviando o calor. Já entre 11 e 15 de outubro, o estado deve receber de 20 a 30 mm de chuva.

Recuperação das chuvas

Para tentar reverter a situação, a atenção está voltada para a região de Franco da Rocha, uma das cabeceiras da bacia hidrográfica em análise.

De acordo com Müller, entre os dias 11 e 12 de outubro, são esperadas chuvas isoladas, com maior intensidade a partir da segunda quinzena do mês. No entanto, os volumes previstos ainda serão insuficientes para normalizar completamente a situação.

“Para novembro, a expectativa é de 150 a 170 mm de chuva, mas a recuperação plena só deve ocorrer em dezembro, quando a precipitação acumulada poderá chegar a 250 a 300 mm”, explica.

Segundo ele, o cenário de tempo quente e seco em São Paulo deve se manter pelos próximos 10 dias, com exceção da frente fria prevista para avançar na semana que vem.

Apesar da expectativa de recuperação gradual, é fundamental manter a gestão consciente do uso da água, especialmente ao longo de outubro e até a segunda quinzena de novembro.

Expectativa a longo prazo

De acordo com Müller, ano após ano, as temperaturas permanecem acima da média, enquanto os volumes de chuva continuam abaixo do esperado. A longo prazo, esses efeitos se tornam mais visíveis: embora algumas lavouras perenes recebam água suficiente para não sofrer grandes impactos imediatos, a situação é preocupante quando analisamos as bacias hidrográficas como um todo.

Nos últimos 20 a 30 anos, o Brasil tem registrado perda gradual dos acumulados de chuva, não apenas na região Sul, mas também no Norte e Nordeste, evidenciando um processo contínuo de escassez hídrica ao longo das últimas três a quatro décadas.



Você quer entender como usar o clima a seu favor? Preparamos um e-book exclusivo para ajudar produtores rurais a se antecipar às mudanças do tempo e planejar melhor suas ações. Com base em previsões meteorológicas confiáveis, ele oferece orientações práticas para proteger sua lavoura e otimizar seus resultados.


Sair da versão mobile