O furacão Ian tocou o solo na região oeste de Cuba nesta terça-feira (27), segundo o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos. As previsões indicam que, agora, ele está a caminho da região da baía de Tampa, no estado norte-americano da Flórida, importante área produtora de frutas cítricas.
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Com ventos de 205 km/h, o furacão Ian está definido como de categoria 3. Na prática, furacões desse tipo têm ventos que variam de 178 a 208 quilômetros por hora. E isso pode levar à “danos devastadores”, incluindo possível destruição de casas, remoção de telhados, queda de árvores e bloqueios de vias.
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Furacão mais forte das Américas
O furacão mais forte registrado no continente americano foi o Andrew, de categoria 5, em agosto de 1992. Formado no oceano Atlântico, ele foi muito poderoso e destrutivo, chegando a atingir as Bahamas e dois estados do sul dos EUA: a Flórida e a Louisiana.
Furacão nos EUA, chuvas no Brasil
As fortes áreas de instabilidade que estão atuando no Centro-Sul do Brasil devem provocar chuvas persistentes e volumosas, principalmente na faixa que engloba os estados do Paraná, Mato Grosso do Sul e São Paulo, além do sul de Minas Gerais e o sul do Rio de Janeiro. Deve chover nessas áreas até a metade desta semana.
“Essas chuvas devem impactar as atividades no campo, como a colheita do trigo no Paraná e Mato Grosso do Sul, o corte e moagem da cana de açúcar e o plantio de grãos, como a soja e o milho”, informa a meteorologista da Climatempo, Desirée Brandt.
No Brasil, a chuva não estará só. Apesar do fim do inverno no hemisfério sul, o avanço de uma nova frente fria deve ocorrer ainda nesta semana. E ela deve reforçar as instabilidades, principalmente na região Sul, em São Paulo e em Mato Grosso do Sul. Nestas áreas, a maior parte da semana será marcada por tempo instável e as atividades no campo também devem ser comprometidas. O tempo seco volta a predominar somente a partir do fim de semana.
Chove também em outras localidades
A chuva deve chegar com forte intensidade até o sul de Minas Gerais, mas nas demais áreas mineiras, Goiás e Mato Grosso são esperados episódios muito irregulares, que ainda não garantem recuperação de umidade no solo de forma homogênea. Ainda nesta semana, as chuvas vão ficar mais concentradas sobre o meio-oeste da região Norte, atingindo com moderada a forte intensidade quatro estados: Roraima, Amazonas, Acre e Rondônia.
Enquanto isso, o predomínio do tempo seco é esperado para as demais áreas do Norte do país e do interior nordestino. Na próxima semana, a passagem de um novo sistema deve organizar a umidade sobre o interior do Brasil, espalhando a chuva, ainda com volumes bastante variáveis, entre São Paulo, metade sul de Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Goiás e Mato Grosso.
Previsão para o começo de outubro
A partir da segunda semana de outubro as chuvas devem começar a se concentrar sobre a metade Norte do Brasil, se espalhando cada vez mais e atingindo até mesmo a fronteira agrícola do Matopiba. Nas áreas do Centro-Sul, a chuva deve começar a ficar mais espaçada. Quanto às temperaturas, o frio da madrugada deve diminuir sobre o Sul durante os próximos dias.
Não há previsão para novo declínio acentuado das temperaturas nas próximas semanas. Durante as tardes, as temperaturas vão permanecer mais baixas sobre o Sul, parte de São Paulo e Mato Grosso do Sul, isso devido às chuvas frequentes. Entretanto, a previsão é de calor intenso no centro e norte do país. A partir do próximo fim de semana o calor tende aumentar também nas áreas do Centro-Sul, mas à medida em que as chuvas forem diminuindo.
