A Somar Meteorologia alerta para o aumento da possibilidade de configuração de La Niña. O fenômeno relacionado ao resfriamento das águas do Oceano Pacífico afeta as chuvas e temperatura do país.
De acordo com a meteorologista Desirée Brandt, mesmo que não se configure, o Brasil deve sentir seus sintomas. “O Oceano Pacífico sofrerá com um resfriamento nos próximos meses e sentiremos esse impacto”, comenta.
O primeiro impacto será na temperatura: o frio pode chegar mais cedo. Uma frente fria se forma em abril e outra mais significativa chega em meados de maio, com risco para formação de geadas. Essas ondas vão avançar pelo Centro-Sul.
Caso o Pacífico continue em um processo de resfriamento, além de temperaturas mais baixas, podemos sofrer com um inverno prolongado e com demora no aumento de temperaturas no segundo semestre, informa Desirée.
Outro fator preocupante é a chegada das chuvas no segundo semestre, que devem atrasar e gerar um atraso na safra de verão. “A chuva de setembro que o produtor, principalmente o do centro do Brasil espera, deve demorar a acontecer. Mesmo com esse atraso, os níveis devem se manter”, diz.
Sul
De acordo com a Somar Meteorologia, as chuvas voltam a atingir as áreas ao Sul do Brasil entre os dias 14 e 18. Mesmo não caracterizando grandes volumes, os níveis já são o suficiente para mudar o padrão de chuva no país e trazer fôlego as regiões produtoras, principalmente as do Rio Grande do Sul.
Em Passo Fundo (RS), o tempo começa a mudar e no começo da semana há previsão para pancadas. Nos próximos 30 dias estão previstos 80 milímetros, com volumes significativos em abril.
Chapecó (SC) recebe um total de total de 78 milímetros com 10 dias de chuva nos próximos 30 dias, essa precipitação chega na próxima semana e não é o suficiente para reverter o quadro hídrico da região, mas melhora o cenário.
Em Cascavel (PR), uma chuva significativa é esperadas na próxima semana, e ela chega mais volumosa e persistente. São previstos mais de 120 milímetros com 15 dias de chuva nos próximos 30.