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Agro quer novas fontes de crédito mas sem perder subsídios do governo

Setor aposta que a solução é aumentar o número de instituições financeiras ofertando recursos, o que geraria competitividade

plantinhas com dinheiro, seguro
Foto: Pixabay

O setor agropecuário quer um novo modelo de crédito rural, mas espera apoio do governo para manter os subsídios do Plano Safra e encontrar novas fontes de recursos. As tradings, responsáveis por um terço do financiamento da produção brasileira, podem diminuir pela metade a oferta de recursos na próxima temporada, porque estão receosas com o crescimento dos pedidos de recuperação judicial entre produtores.

O diretor da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Lucas Beber, não acredita nesse cenário, mas teme mais burocracia. “O que elas precisam é de um sistema bom de análise de crédito, saber ver se o produtor realmente tem condição de ser financiado ou não”, defende.

A expectativa de Beber é que com a diminuição do crédito subsidiado, mais bancos internacionais sejam atraídos, gerando competitividade e diminuindo as taxas para o produtor. Além disso, ele acredita que é necessário destravar a economia para incentivar novas fontes de financiamento e aumentar a renda do produtor. “Uma das coisas que está freando um pouco essa vinda de investimentos para o Brasil é a (demora da aprovação da) reforma da Previdência”, diz.

Junto com o Plano Safra 2019/2020, o Ministério da Agricultura deve anunciar medidas para melhorar o acesso ao financiamento privado. Mesmo assim, a bancada do agro e economistas defendem que o governo precisa manter a atenção ao setor com subvenção nos juros e no seguro rural.

“Não podemos aceitar que os produtores brasileiros — pequenos, médios ou grandes — abram mão desses míseros 4%, que é o valor da nossa produção agropecuária em subsídios, seja ele no juro ou no seguro agrícola que pra nós é fundamental”, afirma o senador Luis Carlos Heinze (PP-RS).

O economista Newton Marques diz que, sem apoio do Plano Safra, o produtor brasileiro não tem condições de produzir. “Isso é política pública. Mesmo dentro do liberalismo precisa ter essa preocupação”, defende.

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