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Buva já gera gasto adicional de quase uma saca de soja por hectare

Clima seco favoreceu o surgimento da planta invasora nas lavouras e a dificuldade para  controlá-la elevou o uso de herbicidas

André Anelli, Toledo (PR)
No interior do Paraná, a concentração de chuva agora em outubro prejudicou os produtores de soja em dose dupla: não permitiu a semeadura de toda a área e dificultou o manejo de plantas daninhas. Com isso, o custos da safra aumentaram em R$ 50 por hectare.

A equipe do Projeto Soja Brasil chegou ao município de Toledo, no noroeste do paraná, debaixo de muita chuva. Para o sojicultor José Scholz, ainda falta plantar 25% da área de 300 hectares, algo que só vai acontecer quando as precipitações derem uma trégua. “Vai atrasar um pouco o plantio. A chuva veio em um momento importante, mas com esse excesso, atrapalha a semeadura. Se o volume fosse menor, ou tivesse dado uma parada já teríamos terminado tudo”, garante Scholz.

A concentração de chuvas deste mês fez falta no início do plantio, em meados de setembro. Esta seca dificultou o manejo de ervas daninhas, como a buva e tornou o processo R$ 50 mais caro, em média, por hectare.

“Principalmente a buva, que é a principal planta invasora da região. Ela acaba escapando do estágio ideal de manejo, que seria um tamanho entre 10 e 15 centímetros da planta, já que o produtor não tinha condições mínimas de fazer a dessecação e quando conseguiu fazer, ela já estava em um porte maior”, conta o engenheiro agrônomo Itamar Leandro Suss.

O consultor do Projeto Soja Brasil Áureo Lantmann explica que a buva, assim como outras plantas tem o mesmo manejo, mas o clima acabou favorecendo a buva. “Assim como as outras plantas é preciso uma dessecação de 30 ou 40 dias antes da semeadura. Mas a buva, com essa chuva, ganhou um pouco mais de vigor e exigiu do agricultor duas aplicações para controlar”, diz.

Apesar do problema, uma cooperativa da região calcula que 80% da área destinada à cultura já foi plantada. O número é bem superior aos quase 6%o de média da área plantada em todo o Brasil, segundo a consultoria Safras & Mercado. Em maior ou menor escala, o atraso na semeadura já faz o produtor se preocupar com o calendário da segunda safra, que vai ser cultivada no início do ano que vem.

“Se conseguir fazer o plantio no mês de setembro, conseguimos colher dentro do mês de janeiro, no máximo na primeira semana de fevereiro. Agora já temos uma certeza: vai para fevereiro o plantio da safra de inverno, então já tem uma preocupação com relação a isso”, explica o produtor Scholz.

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