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Soja Brasil

Embrapa: ‘Brasil poderia apostar em soja de baixo carbono, talvez até carbono neutro’

De acordo com chefe-geral da Embrapa Soja, entidade estaria criando grupo de trabalho para reunir informações e criar parâmetros para produção

Plantação de Soja
Foto: Pixabay

O chefe-geral da Embrapa Soja, Alexandre Lima Nepomuceno, disse nesta quinta-feira, na live Soja Carbono Neutro, promovida pela Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), que o Brasil, pela diferença entre os sistemas produtivos de norte a sul, pode apostar em uma produção de soja de baixo carbono.

“Pela diversidade de situações em que nós plantamos soja no Brasil, talvez a melhor ideia é ser uma soja baixo carbono. Em algumas situações talvez consigamos atingir uma soja carbono neutro”, disse.

De acordo com o chefe-geral da Embrapa, é possível pensar em soja carbono neutro em situações de integração lavoura, pecuária e floresta (ILPF).

Segundo Nepomuceno, a Embrapa Soja está criando um grupo de trabalho para reunir informações já publicadas em artigos científicos e “criar parâmetros que depois podem ser certificados por uma instituição certificadora”.

“Isso pode, sim, trazer uma agregação de valor para os nossos produtores. A média de pagamento por créditos de carbono no mundo é em torno de US$ 10 por tonelada”, disse. “Mas mais importante que isso é mostrar para o mundo que a nossa produção é sustentável. Já temos vários números que comprovam isso, mas temos que cada vez mais mostrar esses números.”

Redução de emissões

O pesquisador citou o exemplo de várias tecnologias que ajudam a reduzir a emissão de carbono, como o plantio direto. Segundo ele, a técnica, com a retenção de carbono no solo e redução de entrada de máquinas, possibilita que 60 milhões de toneladas de gases de efeito estufa deixem de ser colocadas na atmosfera.

Ainda conforme Nepomuceno, é preciso quantificar as contribuições de outras práticas, como fixação biológica de nitrogênio e manejo integrado de pragas. O grupo de trabalho ajudará nesse sentido.

“O que temos que fazer agora é colocar indicadores que possam ser validados por nós e que possam ser certificados”, disse. “Não adianta só falar, você tem que comprovar cientificamente.”

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