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Falta de regularização fundiária impede adesão ao Programa Mais Alimentos

Diplomatas visitaram propriedade de uma das famílias beneficiadas com o projetoDesde que foi lançado, em julho, o Programa Mais Alimentos já financiou a compra de mais de 1,2 mil tratores em todo o país. Segundo os agricultores familiares, esse número poderia ser bem maior, se o programa não esbarrasse em um problema que afeta grande parte dos produtores: a falta de titulação das terras.

Quase cinco meses após adquirir o primeiro trator financiado pelo programa, o produtor Fernando Kubota conseguiu agilizar o plantio de goiabeiras e hortaliças. Nos cálculos do agricultor, em breve a produção anual de 350 toneladas deve dobrar. ? A gente pretende dobrar a produção num curto período de um ano, dois anos, com o equipamento que a gente adquiriu ? explica Kubota.

Seu Fernando comprou um trator de R$ 78,7 mil e tem dois anos de carência para pagar. Com o desconto de 15% da linha de crédito, mais os juros de 2% ao ano, ele vai ter investido, no final de seis anos, cerca R$ 75 mil. A família conta que quase não conseguiu aderir ao programa Mais Alimentos do governo federal. A falta de titulação da propriedade, localizada no município de Brazlândia, a 40 quilômetros de Brasília, causou transtornos no banco. Até mesmo um velho trator manual foi entregue como garantia.

? A gente conseguiu porque a gente deixou carro, implemento, o próprio trator ficou, então quem não tem, não consegue ? diz Adriana Kubota, esposa de Fernando.

De acordo com o Ministério do Desenvolvimento Agrário, até 31 de outubro, foram vendidos 1.258 tratores e equipamentos em todo o Brasil e outras 2.200 unidades devem chegar ao campo até o fim do ano. Mas a falta de regularização fundiária impede que mais agricultores familiares sejam beneficiados. No Distrito Federal a adesão ao Mais Alimentos é pequena.

? Ainda temos alguns problemas para serem equacionados, mais por falta de informações das redes bancárias e do próprio extensionista. Então nesse primeiro momento, nós ainda estamos num processo bastante lento ? diz o presidente da Emater-DF, Carlos Magno.

Quase uma exceção na região onde mora, a família Kubota esté mais tranqüila e serve de exemplo para quem visita a zona rural da capital da República. E a experiência foi além das fronteiras. O trabalho desenvolvido na propriedade dos Kubota foi acompanhado de perto por um grupo de diplomatas brasileiros.

? Eu acho que não há dúvidas de que o interesse em aprender com o Brasil é muito grande, tendo em vista o sucesso do Brasil em todos os seus lados agrícolas, em termos de beneficiamento e de agricultura familiar ? diz a diplomata brasileira em Moçambique, Camila Olsen.

A mesma opinião tem o diplomata do Brasil no Suriname, Rômulo Neves:

? Com certeza faz uma diferença você ver como o movimento está articulado, não só das famílias, mas o governo articulado com isso.

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