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Família Rezende Barbosa finaliza cisão do Grupo NovAmérica

Acordo também fatiou a participação de 11,9% que os irmãos possuem na Cosan S.A.A família Rezende Barbosa, uma das mais tradicionais do setor agroindustrial brasileiro, finalizou o processo de cisão do Grupo NovAmérica, iniciado há um ano. Além da divisão dos ativos, o acordo fatiou a participação de 11,9% que os três irmãos controladores da NovAmérica possuem na Cosan S.A.

Para reequilibrar o patrimônio, pois os ativos não foram divididos igualitariamente, cada irmão ficou com um porcentual diferente da Cosan: Roberto Rezende Barbosa com 4,62%, José Eugênio Rezende Barbosa com 2,65% e Renato Eugênio Rezende Barbosa com 2,87%. O restante fica com a antiga holding do grupo e será liberado futuramente para os antigos sócios.

Em março de 2009, a holding Rezende Barbosa vendeu seu braço sucroalcooleiro para a Cosan, que incluía quatro usinas, a marca de açúcar União e participações em terminais portuários. Os irmãos se tornaram sócios da Cosan e, diante da falta de unanimidade sobre o negócio, iniciou-se um processo de separação dos ativos restantes, encerrado agora.

Com os ativos divididos, Roberto Rezende Barbosa, ex-presidente do grupo, ficou com a marca NovAmérica e com a participação de 50% no banco Intercap.

A NovAmérica foi dividida em duas partes. A NovAmérica Agro assumiu fazendas de cana em Caarapó (MS) e Tarumã (SP), com uma produção anual de 4,7 milhões de toneladas em 57 mil hectares. A empresa fornece a matéria prima processada nas duas antigas usinas do grupo vendidas à Cosan.

Já a NovAmérica Serviços é responsável por operações de logística, do plantio à entrega da cana, e tem como principal cliente as usinas da indiana Shree Renuka no Brasil. Segundo informações da companhia, em 2010/2011 a NovAmérica teve receita de R$ 180,43 milhões e EBTIDA de R$ 63,51 milhões, com margem de 35,2%.

José Eugênio assumiu áreas de cana em Maracaí (SP) e Paraguaçu Paulista (SP), da divisão de citros do Grupo NovAmérica. Estas se tornaram divisões de uma nova companhia, batizada de Agroterenas S.A.. O braço canavieiro produz 3,768 milhões de toneladas de cana, destinadas às unidades da Cosan nas duas cidades paulistas. Em 2010/2011 obteve uma receita de R$ 183,98 milhões e um lucro líquido de R$ 81,97 milhões.

A divisão de citros da Agroterenas inclui a parte agrícola, com a produção de laranja e a industrial, que processa a fruta e a transforma em suco de laranja. Ambas relataram prejuízos em 2010/2011, no ano-safra encerrado em 31 de março deste ano: o braço agrícola de R$ 27,1 milhões e o industrial de R$ 5,45 milhões. Segundo a empresa, o prejuízo ocorreu pelo processamento de frutas abaixo da sua capacidade, a redução da produção agrícola das frutas e o preço baixo da bebida no mercado internacional até o ano passado.

Por fim, o outro irmão, Renato Eugênio, ficou com áreas de pecuária e grãos em Mato Grosso do Sul e no Paraguai. Os três ex-sócios são filhos de Renato Rezende Barbosa, que fundou o Grupo NovAmérica em 1944, foi um dos pioneiros do setor sucroalcooleiro no Brasil e um dos idealizadores do Programa Nacional do Açúcar e Álcool (Proálcool).

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