Federação de SC quer fim de lei que cria zona livre de agrotóxicos

Agronegócio

Federação de SC quer fim de lei que cria zona livre de agrotóxicos

Entidade quer que CNA recorra ao STF contra texto sancionado nesta semana referente à capital do estado

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Foto Idaf-ES

A Federação da Agricultura e Pecuária de Santa Catarina (Faesc) considera inconstitucional a lei que cria “zona livre de agrotóxicos” em Florianópolis e que foi sancionada nesta semana. Em nota, a entidade disse já ter solicitado à Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) que ingresse com uma ação direta de inconstitucionalidade (Adin) no Supremo Tribunal Federal.

A Faesc argumenta que o projeto de lei tramitou em prazo recorde, foi aprovado por unanimidade e sancionado sem discussão com o setor produtivo.

“A lei proíbe o uso e o armazenamento de quaisquer agrotóxicos ‘na parte insular’ do município de Florianópolis, que tem 424 quilômetros quadrados e representa 97,3% do território municipal. O último censo agropecuário apurou que a capital catarinense tem 208 estabelecimentos rurais, sendo que quatro proprietários afirmaram trabalhar com agrotóxicos”, informou a entidade.

O vice-presidente Enori Barbieri disse que a Faesc tentou por dez dias, sem sucesso, uma audiência com o prefeito Jean Loureiro para expor as razões da posição contrária ao projeto de lei. “Agora, o prefeito tem 180 dias para decretar a regulamentação da lei municipal e a federação continua solicitando uma reunião com o mandatário.”

A Faesc enfatiza que os defensivos agrícolas são substâncias que resultam de pesquisa científica e cujo emprego obedece orientação de engenheiros agrônomos.

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