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Soja

Guerra comercial estimula aumento da área de soja na América do Sul

Tarifa chinesa sobre o grão norte-americano já reduziu as estimativas de exportações dos EUA para o ciclo 2018/2019

soja
Foto: Arquivo/Agência Brasil

O acirramento da guerra comercial entre China e Estados Unidos deve elevar o tamanho da área plantada de soja na América do Sul. De acordo com a consultoria INTL FCStone, a procura chinesa pelo produto brasileiro e argentino deve aumentar em detrimento do grão dos EUA.

“Esse cenário da demanda pela soja, em especial a brasileira, acaba sendo um incentivo ao cultivo da oleaginosa, mesmo num contexto geral de oferta elevada, com estimativas de estoques mundiais em 110,04 milhões de toneladas, de acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA)”, afirma a empresa em relatório.

Segundo a FCStone, a tarifa de 25% sobre a soja norte-americana importada pela China, que entrou em vigor em julho, além de continuar pesando sobre os preços, já modificou as estimativas de exportações dos EUA para o ciclo 2018/2019, atualmente em 56 milhões de toneladas, contra expectativa anterior de 62,3 milhões de toneladas.

“Não se espera que essa queda da demanda pelo grão norte-americano seja plenamente compensada pela compra em outros países, como o Brasil. A China está se ajustando para evitar ao máximo a compra de soja dos EUA, já tendo reduzido suas estimativas de importações para 84,66 milhões de toneladas, uma queda de pouco mais de 9 milhões de toneladas em relação ao número anterior e ao estimado pelo USDA”, explica a consultoria. Com isso, não somente os estoques dos EUA devem ser recordes como também os mundiais.

O principal ponto que pode modificar o cenário para as cotações da soja, com os preços no mercado doméstico voltando a ficar mais correlacionados com a Bolsa de Chicago, é a eleição de meio de mandato nos EUA, que poderia resultar em perda de maioria do partido republicano, enfraquecendo o apoio às decisões de Donald Trump, em direção a uma maior reaproximação de americanos com chineses.

“Sem tarifas de importação, a China tenderia a voltar a comprar soja dos EUA, abrindo espaço para uma reação mais consistente dos preços em Chicago”, explica a consultoria.

Outra possibilidade seria ocorrer algum problema durante o desenvolvimento da safra da América do Sul, principalmente no Brasil, que restringisse a oferta de maneira significativa. Mas, por enquanto, as perspectivas são de um clima dentro da normalidade ao longo do desenvolvimento da safra no país, reitera a FCStone.

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