Juízes são capacitados para atuar em questões agrárias Paste this at the end of the tag in your AMP page, but only if missing and only once.

NA BAHIA

Juízes são capacitados para atuar em questões agrárias

Evento, que acontece em Luís Eduardo Magalhães, reúne juízes e servidores lotados nas unidades judiciais das fronteiras agrícolas

Com o objetivo de garantir a segurança jurídica de produtores e aperfeiçoar a resolução de conflitos no âmbito rural, o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) está realizando a primeira Jornada de Capacitação de Direito e Agronegócio, voltada para os magistrados e servidores lotados em unidades judiciais localizadas em áreas de fronteiras agrícolas.

O evento acontece até o dia 14 de julho, em Luís Eduardo Magalhães.

O objetivo é capacitar os profissionais para atuarem em processos que podem oferecer risco para a segurança jurídica, fundiária e tributária de propriedades rurais.

Essa é uma demanda do setor no Oeste da Bahia e em todo o Brasil, segundo o produtor e presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Barreiras, David Schmidt.

Segundo David, o setor convive diariamente com conflitos de pontos de vista que podem ser sanados através da aproximação com os magistrados.

“Esses ruídos na interpretação legal entre juízes e sociedade é o que gera a insegurança jurídica. A ideia aqui é construirmos esta convergência entre visões para solucionarmos questões importantes e trazermos segurança jurídica para os negócios”, afirma o produtor.

Durante os cinco dias de evento, serão tratados temas como títulos de crédito no agronegócio; mercado de capitais, aspectos societários e contratos no agronegócio; e recuperação judicial do produtor rural. Os juízes visitarão propriedades e participarão de debates com os produtores da região.

Segurança jurídica para o agronegócio

A capacitação é viabilizada através de um termo de cooperação técnica e científica firmado entre a Universidade Corporativa do TJ-BA (Unicorp), o Sindicato e o Instituto WP, instituição privada dedicada à educação para o agro.

De acordo com o advogado e consultor Washington Pimentel, responsável pelo Instituto, estão participando presencialmente cerca de 25 juízes da região Oeste da Bahia, mas a capacitação também está sendo oferecida de forma remota para os juízes de todo o estado, que são aproximadamente 200 profissionais.

“Queremos que o juiz tenha hoje a capacidade de, para além da lei, compreender o efeito prático da atuação do judiciário e se aproximar da realidade do produtor e da região”, afirma o advogado.

Ainda segundo o dirigente do Instituto, durante a Jornada estão sendo abordadas a avaliação do cenário jurídico; a análise econômica da repercussão do direito que regula e estrutura o agronegócio; e uma avaliação técnica, agronômica e biológica da dinâmica de cada cultura da região, incluindo uma visita a campo.

A abertura da Jornada contou com as presenças do presidente do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), o desembargador Nilson Castelo Branco; da procuradora-geral do Estado da Bahia, Bárbara Camardelli; do corregedor-geral do TJ-BA, José Rotondano; o diretor da Unicorp, desembargador Mário Albiani; além dos secretários de estado Wallison Tum (Secretaria da Agricultura) e Jusmari Oliveira (Desenvolvimento Urbano).

Sair da versão mobile