As fortes chuvas que atingiram o estado de São Paulo deixou uma lavoura de alface debaixo d’água. A produtora rural Fernanda Vieira, de Mogi das Cruzes (SP), comenta que as pancadas duraram cerca de duas horas, mas foram o suficiente para causar estragos. “Aqui a gente nem vê os pés de alface, são dois meses de produção perdida”, lamentou.
Segundo ela, a situação fica pior já que no ano passado houve uma situação parecida. “Estamos vindo de um ano complicado, no ano passado passamos por uma situação parecida, se perder quase 100% da produção”, relata.
Já em Tupanciretã (RS), a situação é contrária. Na cidade e na maior parte do Rio Grande do Sul, produtores já dizem que esta é a maior seca dos últimos nove anos da soja. Há agricultores, por exemplo, estimando perdas de até 100% em algumas áreas.
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“O Núcleo da Aprosoja de Tupanciretã fez uma ronda nas lavouras da região para entender a condição da soja. Há 60 dias estávamos com excesso de chuvas, impedindo a semeadura. Agora estamos tendo dificuldades com a falta de instabilidades. Estamos vivendo, aqui na região, um dos piores momentos dos últimos 9 anos, o prejuízo já é muito grande”, diz José Domingos, diretor da Aprosoja do núcleo de Tupanciretã.
Previsão do tempo
A Somar Meteorologia indica que há previsão de chuva para o Rio Grande do Sul entre a sexta-feira, 10 e o sábado, 11, mas a expectativa é de baixo acumulado. “A chuva não reverte a situação de estiagem no estado porque ela é pontual e pouco duradoura”, comenta a meteorologista Desirée Brandt.
Em São Paulo, tendência é muita chuva, com mais de 100 milímetros acumulados nos próximos dias. “Em grande parte, já chove demais e o solo está encharcado”, diz Brandt.
A chuva deve vir na forma de temporais, principalmente no fim de semana, após a formação de uma área de baixa pressão na costa do Sudeste.
