Mapa anuncia registro de 26 defensivos agrícolas formulados

Agricultura

Mapa anuncia registro de 26 defensivos agrícolas formulados

Do total de produtos anunciados, três são de ingredientes ativos inéditos, sendo um deles de base biológica, informa o Ministério da Agricultura

O Ministério da Agricultura (Mapa) anunciou nesta sexta-feira (4), o registro de 26 defensivos agrícolas formulados, ou seja, produtos que efetivamente estarão disponíveis para uso pelos agricultores. Desses, três são de ingredientes ativos inéditos, sendo um deles de base biológica; uma mistura inédita e quatro registros para uso na agricultura orgânica.

O ingrediente ativo Ametoctradina será ofertado pela primeira vez aos produtores rurais. Trata-se de um fungicida sistêmico, registrado em mistura com o fungicida Dimetomorfe, para o controle da requeima da batata e de doenças importantes em culturas com suporte fitossanitário insuficiente (minor crops), como alho, abóbora, abobrinha e chuchu.

Trator fazendo a aplicação de defensivos agrícolas
Foto: Canal Rural

O outro produto, também inédito no Brasil, é o Mefentrifluconazol. O defensivo agrícola aparece em mistura com outros dois fungicidas para controle de doenças como a ramulariose do algodão, a ferrugem do cafeeiro, a ferrugem da soja, entre outros. “A mistura é importante porque cada componente tem um modo de ação diferente, diminuindo a pressão de seleção de patógenos resistentes”, explica o coordenador-geral de Agrotóxicos e Afins, André Peralta.

A novidade dos biológicos fica por conta do primeiro registro da vespinha Palmistichus elaeisis, autorizada para controle da lagarta do eucalipto Thyrinteina arnobia.

Já a mistura inédita registrada trata-se do Oxatiapiprolim com Mandipropamida. O produto será usado para o controle da requeima do tomate e para o míldio da videira.

Para o uso na agricultura orgânica, foram registrados quatro produtos: isolados de Bacillus thuringiensis var. kurstaki e de Beauveria bassiana, um produto à base de Metarhizium anisopliae e outro com Azadirachta indica (óleo de nem).

Os produtos de baixo impacto são importantes para a agricultura não apenas pelos aspectos toxicológico e ambiental, mas também por beneficiar as culturas de suporte fitossanitário insuficiente, uma vez que esses produtos são aprovados por pragas-alvo e podem ser recomendados em qualquer cultura.

Os demais produtos utilizam ingredientes ativos já registrados anteriormente no país. O registro de defensivos genéricos é importante para diminuir a concentração do mercado e aumentar a concorrência, o que resulta em um comércio mais justo e em menores custos de produção para a agricultura brasileira.

Todos os produtos registrados foram analisados e aprovados pelos órgãos responsáveis pela saúde, meio ambiente e agricultura, de acordo com critérios científicos e alinhados às melhores práticas internacionais.

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