Projeto de lei quer proibir pulverização aérea de defensivos em SP Paste this at the end of the tag in your AMP page, but only if missing and only once.

Agricultura

Projeto de lei quer proibir pulverização aérea de defensivos agrícolas em São Paulo

Federação da Agricultura do estado se manifestou contrária à medida, lembrando que esses produtos são vitais no controle de pragas e que há ampla legislação e fiscalização para garantir aplicações seguras

Um projeto de lei que tramita na Assembleia Legislativa de São Paulo pretende proibir a pulverização aérea de defensivos agrícolas. O PL 8/2022, de autoria do deputado estadual Carlos Gianazzi (Psol-SP), é inspirado em lei criada no Ceará e pretende que a proibição se estenda para todo o estado, independentemente do tamanho da área da propriedade e do tipo de aeronave utilizado.

A justificativa para a medida seria a de que a pulverização aérea acarretaria problemas de saúde a trabalhadores do campo e de empresas, podendo contaminar hortas domésticas, projetos de agricultura familiar, poços d’água e ecossistemas.

Em nota, a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp) se manifestou contrária ao projeto, lembrando que os defensivos agrícolas são insumos de vital importância no manejo e controle de pragas, plantas daninhas e agentes causadores de doenças no meio rural. “As pragas e doenças da lavoura reduzem substancialmente o volume da produção, além de causarem prejuízos à qualidade dos produtos, assim como, em determinadas situações, podem ocasionar a morte das plantas e, inclusive de plantações inteiras”, indicou a Faesp.

avião agrícola fazendo pulverização aérea aviões agrícolas
Foto: Pixabay

De acordo com nota da federação, entre os parlamentares que estão contra a tramitação do PL, o deputado estadual Frederico D’Ávila (PSL-SP) encabeça a campanha e já teria feito representação na assembleia em relação ao projeto.

“As pragas e doenças da lavoura reduzem substancialmente o volume da produção, além de causarem prejuízos à qualidade dos produtos, assim como, em determinadas situações, podem ocasionar a morte das plantas e, inclusive de plantações inteiras”, indicou a Faesp.

O texto também ressalta a importância do uso de defensivos. “[É] medida de proteção tomada pelo produtor rural para evitar o comprometimento das safras e assegurar o abastecimento adequado de alimentos, de fundamental relevância durante a situação atual de enfrentamento do coronavírus”.

A Faesp lembra que, embora a utilização inadequada de agrotóxicos realmente possa afetar o meio ambiente e a saúde pública, “existe uma ampla legislação que disciplina o assunto e tem como objetivo garantir o seu uso seguro e correto, de modo a reduzir os problemas decorrentes da má utilização”.

A nota da federação também menciona que a fiscalização das aplicações aéreas é realizada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). “Além de treinamentos e manuais técnicos, destaca-se a Certificação Aeroagricola Sustentável (CAS), criada em parceria com a Faculdade de Ciências Agronômicas/Unesp, Universidade Federal de Lavras e Universidade Federal de Uberlândia, com o objetivo principal de incentivar a capacitação e a qualificação de empresas de aviação agrícola dentro do conceito das boas práticas na aplicação aérea dos produtos fitossanitários”.

A Faesp repudia a tramitação do PL 8/2022, indicando que a proposta pode gerar “incalculáveis prejuízos ao setor que mais contribui para o equilíbrio da balança comercial, com reflexo no abastecimento da população paulista e brasileira”.

Sair da versão mobile