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PIB do agro cai 0,4% na comparação com 2º trimestre de 2017

Greve dos caminhoneiros seria “único motivo plausível” para o menor desempenho, diz ABPA, enquanto Abag acredita que setor ainda possa chegar ao fim do ano com índice em alta

plantinhas com dinheiro
Foto: Pixabay

Ao analisar o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre deste ano, a gerente de Contas Nacionais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Claudia Dionisio, explicou que houve perda de produtividade do setor agropecuário no período. O segmento, que no ano passado registrou safra recorde, produziu menos em uma área maior.

O PIB da agropecuária ficou estável (0,0%) no segundo trimestre contra o primeiro trimestre de 2018. Na comparação com o segundo trimestre de 2017, entretanto, o PIB da agropecuária mostrou queda de 0,4%.

Segundo Claudia Dionisio, as culturas que mais contribuíram positivamente têm menor peso no PIB do agronegócio. É o caso do café, que é uma cultura que tem ciclo bienal, alternando ano de grande produção e outro de colheita menor. Ante o segundo trimestre de 2017, o produto registrou alta de 23%, mas pesa apenas 5% no PIB do setor. Já o milho, cuja produtividade caiu 16,7%, corresponde a 11% do indicador setorial, enquanto a soja representa 37% do indicador, mas teve alta de apenas 1,2%.

Para o resultado do agronegócio no segundo trimestre, a gerente do IBGE também destacou o arroz e a mandioca, cuja produção caiu 7,3% e 3,2%, respectivamente, e o algodão, que registrou alta de 24,5%.

Greve dos caminhoneiros

O presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Francisco Turra, acredita que a greve dos caminhoneiros, entre o fim de maio e o início de junho, é o único motivo plausível para o menor desempenho da agropecuária no PIB do segundo trimestre. “Não houve queda do dólar, nem grandes danos para a safra de grãos. A perda de animais durante a greve nos gerou prejuízos fortes e afetou as exportações”, disse.

Passado o efeito da greve dos caminhoneiros, Turra diz que o PIB agropecuário tende a mostrar reação nos próximos trimestres ou, no mínimo, estabilidade, considerando que os resultados do ano passado elevaram a base de comparação. “Especificamente no segmento de proteína de animal – o mais afetado durante a greve -, esperamos queda de 1% a 2% na produção de frango, por exemplo, mas poderemos ser surpreendidos positivamente até o fim de 2018, tamanha a recuperação que estamos vendo desde julho”, acrescenta.

PIB do agro ainda pode fechar ano em alta, diz Abag

O PIB da agropecuária ainda pode encerrar 2018 perto da estabilidade, com ligeira elevação entre 0,1% e 0,2%, apesar do recuo de 1,6% acumulado no primeiro semestre, projeta a Associação Brasileira do Agronegócio (Abag). No entanto, o diretor executivo da entidade, Luiz Cornacchioni, alerta que a taxa de investimento é o ponto de maior preocupação para o país como um todo.

“Especificamente na agropecuária o investimento tende a ser comprometido pelo aumento de custos causado pelo tabelamento de fretes rodoviários”, disse.

Para o executivo, a greve dos caminhoneiros, entre o fim de maio e o início de junho, foi um fator negativo pontual e a capacidade produtiva do setor não ficou totalmente comprometida. Desta forma, a estabilidade para o PIB agropecuário do segundo trimestre, ante os três primeiros meses do ano, apontada pelo IBGE, refletiu a sazonalidade das culturas.

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