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Câmara setorial da soja discute bloqueios de caminhoneiros

Entidade se reuniu em Brasília e demonstrou preocupação com a indefinição na greve dos caminhoneiros

A cadeia produtiva da soja está preocupada com as consequências dos bloqueios das estradas por caminhoneiros. Embora o assunto não estivesse na pauta da reunião desta terça, dia 24, da câmara temática do setor, reunida em Brasília (DF), a interrupção das rodovias virou foco de debate.

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Ficou decidido que uma carta-relato, endereçada ao Ministério da Agricultura, vai alertar sobre os riscos que a continuidade do movimento dos caminhoneiros pode trazer ao setor e à sociedade, em geral.

O presidente da Câmara, Glauber Silveira disse na abertura dos trabalhos que esse assunto (bloqueios) seria tratado porque é um tema que está afligindo o setor. Os diretores da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Nelson Piccoli (administrativo), e Wellington Andrade (executivo), comentaram sobre a situação de abastecimento no Estado.

Conforme relato da Aprosoja-MT, a maior preocupação no momento é quanto ao abastecimento das propriedades com óleo diesel e a capacidade de armazenamento delas, que estão impedidas de transportar os grãos até as tradings, sem contar que essas já estão com estoques lotados sem poder transportar até os portos.

– Sem o óleo diesel, as máquinas não funcionam e os produtores não conseguem colher os grãos, que acabam apodrecendo. Em consequência, ocorre perda de produtividade – informa Andrade.

O presidente da Associação de Cerealistas do Brasil (Acebra), Alex Novello, tratou do risco de paralisação nos portos brasileiros em virtude da escassez de produto, que está parado nas rodovias.

– O porto de Paranaguá (PR) já parou. O de Santos (SP) deve parar logo, porque não tem produto para embarcar. É necessário que o governo olhe com mais seriedade para essa situação, pois não é só um problema que atinge os caminhoneiros, mas está prejudicando a todos – pondera.

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O representante de Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), Daniel Amaral, também manifestou a tensão que já permeia os membros da entidade.

– Por enquanto, o produto ainda está chegando aos portos de trem, mas, muito em breve (os portos), vão parar de vez. Nossa grande preocupação é que os problemas que os caminhoneiros apontam não têm solução nas mãos das empresas que os contratam, mas estão nas mãos dos governos. Precisamos de uma atitude mais rápida – alerta.

Exportação

Com relação à exportação, fatores climáticos como a ausência e o excesso de chuva em determinados períodos essenciais para a safra influenciaram diretamente o volume de soja exportado no início deste ano.

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Conforme a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), nos primeiros 15 dias de fevereiro deste ano, o volume do grão brasileiro exportado foi de 464,3 mil toneladas. Nos 20 primeiros dias do mesmo mês de 2014, o total foi de 2,7 milhões de toneladas.

Estadão Conteúdo

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